X

Polícia

Ordem para matar policial partiu de gerente do tráfico, apura polícia

Gleidson Santos da Silva, o Chera, de 21 anos, teve a prisão decretada e ainda não foi localizado

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 28/07/2016 às 20:11

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O investigador licenciado foi torturado até a morte, segundo a polícia / Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil apurou que a ordem para sequestrar e matar o investigador licenciado Anderson Diogo Rodrigues, de 43 anos, partiu de um gerente do tráfico de drogas, que se incomodou ao ver a vítima com funcional na carteira ao pagar uma conta em uma pizzaria na Ilha Caraguatá, em Cubatão. Gleidson Santos da Silva, o Chera, de 21 anos, teve a prisão de 30 dias decretada e ainda não foi localizado.

O corpo de Rodrigues, que estava desaparecido desde a madrugada de 25 de junho, foi encontrado na tarde de quarta-feira em um cemitério clandestino em uma área de mata fechada conhecida como Ilha Bela, no Sítio Novo. Ainda na quarta, uma ossada e um outro corpo em decomposição foram achados no local. Na manhã desta quinta, mais um corpo foi encontrado por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos.

O encontro do cemitério clandestino, cujo acesso só foi possível de barco com calado baixo, ocorreu um dia após as prisões de Isaque Percincula Andrade Rocha, de 29 anos, e Marcos Matos Souza, de 33, localizados em um imóvel no Jardim Real, em Praia Grande, onde havia armas e drogas. Eles forneceram informações que possibilitaram aos policiais encontrarem o corpo do investigador.

Rodrigues foi encontrado despido, de bruços e com as mãos na cabeça. O Instituto Médico-Legal (IML) ainda apura a causa da morte, mas três ferimentos na cabeça indicam que um instrumento contundente foi utilizado para golpear a cabeça da vítima e outras partes do corpo. Foram detectados indícios de tortura.

Arrebatamento

Conforme apurou a polícia, após Gleidson ver a funcional do policial ele se juntou a Isaque e Gilmar dos Santos Silva, o Orelha, de 31 anos – ainda não localizado –, para renderem o investigador e a namorada em frente à pizzaria. Marcos teria chegado logo em seguida para participar do sequestro, conforme foi apurado.

Os bandidos levaram o policial e a namorada dele, moradora da Ilha Caraguatá, primeiramente para a Vila Siri e depois para a Vila Esperança, onde libertaram somente a mulher. Rodrigues foi levado de manhã para a Ilha Bela, onde a execução foi consumada.

“Tribunal do crime”

Para a Polícia Civil, são fortes os indícios de que a área de mata fechada onde havia o cemitério clandestino também era usada como “tribunal do crime”. Existe a suspeita de que uma cabana encontrada naquela área era a usada para colocar as vítimas antes de serem assassinadas.

Junto a um dos corpos encontrados na quarta-feira também havia rastro da identidade da vítima por documento. Pesquisa pelo nome apontou que o homem estava desaparecido desde novembro do ano passado.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Diário Mais

Maior reservatório de água do Hemisfério Sul fica na Baixada Santista; conheça

O Reservatório-Túnel Santa Tereza/Voturuá foi construído há 35 anos e abastece Santos e São Vicente. Veja fotos

Cotidiano

Confeiteira de Santos faz sucesso com ovos de Páscoa sem açúcar para bebês

Chocolate não é recomendado para crianças de até 2 anos, mas o amor do filho por cacau fez a empreendedora buscar um novo produto

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter