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'O estupro está provado', diz delegada; polícia prende um

A delegada Cristiana Bento, que assumiu neste domingo (29) as investigações do caso do estupro de uma adolescente de 16 anos, afirmou não ter dúvida de que o crime aconteceu

Folhapress

Publicado em 30/05/2016 às 19:00

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A delegada Cristiana Bento, que assumiu neste domingo (29) as investigações do caso do estupro de uma adolescente de 16 anos, afirmou não ter dúvida de que o crime aconteceu / Folhapress

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda (30), a delegada Cristiana Bento, que assumiu neste domingo (29) as investigações do caso do estupro de uma adolescente de 16 anos, afirmou não ter dúvida de que o crime aconteceu.

"A minha convicção é de que houve estupro. Está lá no vídeo, que mostra um rapaz manipulando a menina. O estupro está provado. O que eu quero agora é verificar a extensão desse estupro, quantas pessoas praticaram esse crime", disse a delegada.

Titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Cristiana alegou que o processo está em segredo de Justiça, motivo por que não daria acesso às declarações prestadas pela vítima e pelos suspeitos.
Ela afirmou ter pedido a prisão temporária de seis suspeitos de envolvimento no crime "para que possamos investigar com mais calma" e afirmou que já havia indícios suficientes para justificar o pedido. "O vídeo prova o abuso sexual. Além do depoimento da vítima."

Além da delegada, participaram da entrevista o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, e Adriane Rego, diretora do Instituto Médico-Legal (IML), órgão responsável pelo exame físico da garota cinco dias após o crime.

Segundo os policiais, a perícia técnica do IML ficou prejudicada por conta do tempo decorrido entre o crime e o exame. "Não foram colhidos indícios de violência, o que não quer dizer que ela não aconteceu", disse o chefe da Polícia Civil.

A diretora do IML afirmou que os peritos procuraram material biológico dos estupradores no corpo da vítima e não encontraram. Diversos fatores, segundo ela, interferem nessa questão, desde o uso de preservativos até o tempo decorrido para o exame.

"O prazo de cinco dias dificulta muita coisa. Quanto mais próximo da violência for o exame, mais fácil é a gente detectar qualquer vestígio. O corpo tem reações que são muito fugazes, desaparecem rapidamente. Então, quanto mais próximo da lesão for o exame, maiores as chances de produzir provas técnicas", disse Adriane Rego.

"Os vestígios se perderam em razão dos vários dias que se passaram. Mas a polícia não pode afirmar que não houve lesão só porque o laudo não constatou", afirmou.

A delegada Cristiana relativizou a importância do laudo. "Nos crimes sexuais, o exame de corpo de delito é importante, mas não é determinante. Às vezes há lesão, mas foi consentida pela vítima. E pode acontecer de ter havido estupro mesmo não tendo havido lesão."

A policial aventou uma outra possibilidade para a falta de vestígios no corpo da adolescente: "Como ela estava desacordada, não vai haver lesão porque ela não ofereceu resistência. Por isso o laudo não é determinante."

CAÇA AOS TRAFICANTES

Segundo a delegada, um dos seis suspeitos que estão sendo procurados pelo crime já foi encontrado e está sendo encaminhado à delegacia. Os demais estão foragidos e alguns deles não estavam nos endereços que comunicaram à polícia em seus depoimentos.

O chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, afirmou que os policiais vão prender "qualquer pessoa que tenha envolvimento com o tráfico naquela comunidade, esteja lá ou em outras".

"Independentemente da investigação pelo envolvimento com o tráfico, há o interesse de que sejam investigadas e ouvidas nessa investigação comandada pela doutora Cristiana."

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