18 de Março de 2024 • 22:35
Polícia
O caso ganhou repercussão a partir da fuga da adolescente na semana passada, quando Gloria Maria de Souza Rocha sumiu após ser deixada pela mãe na porta do colégio
Pai de uma adolescente de 17 anos, acusado pela própria filha de agressão e abuso, Joselito Oliveira Rocha, de 40 anos, é procurado pela polícia desde a última sexta-feira, 9, quando sequestrou Maria José de Souza Franklin (mãe de sua filha), de 44, e desapareceu.
O caso ganhou repercussão a partir da fuga da adolescente na semana passada em Santos. Gloria Maria de Souza Rocha sumiu na segunda-feira, 5, após ser deixada pela mãe na porta do Colégio Ramos Lopes, no bairro do Gonzaga, e foi encontrada na sexta-feira em Mongaguá, na casa da irmã, Erika Cristina Carballo de Oliveira, de 23 anos.
Guarda
Em 2001, Rocha e Maria José perderam a guarda de Erika após denuncias de agressão contra o padrasto da menina, que foi colocada para adoção. As irmãs, que nunca haviam se falado, encontraram-se recentemente por meio das redes sociais. Gloria passou a relatar os abusos que sofria e decidiu fugir.
No período em que permaneceu escondida, a adolescente manteve contato com alguns colegas da escola, que contaram os detalhes para a diretora Daniela Ventura Cabral de Abreu.
"Eu consegui falar com ela e passar a segurança de que poderíamos ajudá-la. Após a fuga, muitos alunos vieram contar que ela relatava as agressões há algum tempo", disse a diretora
As irmãs foram juntas ao Conselho Tutelar de Mongaguá, que, surpreendendo a todos, devolveu a adolescente aos pais. Questionada pela reportagem sobre a atitude, uma representante do conselho, que se identificou como Adriana, disse que nada foi encontrado no histórico para impedir a entrega da menina a Rocha e Maria José, apesar dos registros de agressão feitos 16 anos atrás, de a adolescente deixar claro que não queria voltar para casa e do fato de ela ter 17 anos e poder escolher onde ficar.
Casa dos pais
De volta a Santos, a menina Gloria afirmou ter sido coagida pelo pai a gravar um vídeo no qual afirmou que "tudo estava bem" e também a prestar queixa contra todos que a ajudaram.
Na sexta-feira, ela foi à delegacia denunciar o pai, acompanhada pela irmã, a diretora da escola, pelo conselheiro tutelar de Santos, Mauricio Bezouro Carvalho, e por amigos.
Ao tomar ciência da nova acusação, Rocha sequestrou Maria José e desapareceu.
O caso foi registrado como ameaça, por causa das acusações contra o pai, denunciação caluniosa e constrangimento ilegal, por ela ter sido coagida a fazer um boletim com informações falsas.
O conselheiro tutelar solicitou medida protetiva para que Gloria não volte para casa. Ela está sob responsabilidade do conselho até que a Vara da Infância e Juventude determine seu destino.
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