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Papo de Domingo

Papo de Domingo: 'A música muda a vida das crianças'

O Coral Canto Mágico completa dentro de um ano – em 23 de junho de 2019 – 25 anos de exemplo de atuação da música na transformação da vida de centenas de crianças de Cubatão

Carlos Ratton

Publicado em 24/06/2018 às 11:26

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Sonia Onuki, entrevistada do Papo de Domingo. / Rodrigo Montaldi/DL

O Coral Canto Mágico completa dentro de um ano – em 23 de junho de 2019 – 25 anos de exemplo de atuação da música na transformação da vida de centenas de crianças de Cubatão que, segundo a regente e coordenadora Sonia Onuki, entrevistada do Papo de Domingo, ganharam ‘ouvidos pensantes’, graças ao apoio da Petrobras, por intermédio do Programa Petrobras Socioambiental.

Confira os principais trechos da entrevista:

Diário do Litoral (DL) – Quantas crianças já passaram pelo projeto?
Sônia Onuki - Mais de duas mil crianças e adolescentes. Temos até um CD gravado. 

DL – Há mudanças na vida delas?
Sonia – A música muda a vida das crianças. Depois de integrarem o projeto, melhora, inclusive, o rendimento escolar. Isso ocorre porque, quando a criança tem contato com a música, seja ouvindo ou interagindo mais ativamente com esse universo, ela pode desenvolver algumas características como: foco, concentração, melhora da dicção e da fala, coordenação motora, memória, raciocínio lógico e muito mais. Há relatos de pais que os filhos melhoraram nas aulas de português, matemática, enfim. 

DL – Além do desempenho escolar, há mudanças comportamentais?
Sonia
– Sim e já tivemos muitos casos. Entre eles o de um garoto era bastante agitado na escola e, depois, com 17 anos, já completamente diferente. As professoras diziam que houve um verdadeiro milagre. Um outra aluna, essa já especial, que acabou se matriculando numa escola regular após participar do projeto. A música transforma.    

DL – Há um público alvo?
Sonia –
Principalmente comunidades carentes. A participação é voluntária e os próprios pais é que as levam. Nosso trabalho possui diversas ramificações e atua na formação do ser humano completo. A qualidade auditiva da criança melhora muito e o conhecimento também. Tudo isso ela carrega para seu dia-a-dia e leva para a vida toda. Tornam-se pessoas focadas, sensíveis e inteligentes. Tornam-se ouvidos pensantes.  

DL – A participação se inicia a partir de qual idade?
Sonia –
Dos seis anos até aos 13. Já teve aluno que ficou até os 17 anos. Muitas acabaram se formando em Música, se tornaram artistas e até professores. Antigamente, oferecíamos nas escolas. Hoje, devido as redes sociais e o reconhecimento do trabalho, as crianças são trazidas pelos pais, irmãos e até vizinhos.

DL – Quais as fases do projeto?
Sonia –
Ao ingressar, fazemos uma audição, que não é eliminatório, mas para classificar a voz da criança. Depois, dividimos as crianças em primeira e segunda voz. Depois, começam os ensaios, que correm às terças e quintas-feiras, das 18h30 às 20h30, no Rotary Clube de Cubatão, que é a entidade parceira. O curso é dividido em módulos tratando de diversos conceitos de forma contínua e orientada. A iniciativa tem patrocínio Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e apoio da Prefeitura de Cubatão e Rotary.

DL – Além da voz, vocês desenvolvem outras habilidades.
Sonia
– Preparamos as crianças para palco. Realizamos um trabalho cênico, de percussão e de autoestima. A criança percebe sua importância para o conjunto, no trabalho em grupo. Isso é bom até na profissão que ela for abraçar         

DL -  O projeto também forma professores?
Sonia -
A Associação Vozes da Arte, gestora do Coral, iniciou uma nova fase. Além do trabalho desenvolvido com as crianças que se apresentam em ensaios abertos e espetáculos gratuitos para toda a região da Baixada Santista, está iniciando o Projeto de Formação de Professores da rede pública.

DL – Começou quando?
Sonia –
Em maio deste ano e já envolve 120 educadores. Eles vem até de outros municípios da região e de São Paulo (Capital). Temos até uma turma especial. O Canto Mágico é metropolitano.  

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