Rafael Leal promete retorno do Rosinha e fortalecimento do Facult

Agora assumindo efetivamente a cadeira de secretário, ele promete que essa segunda passagem será marcada pelo diálogo com os segmentos culturais

5 MAR 2018 • POR • 11h57
Rafael Leal é secretário de Cultura de Santos - Rodrigo Montaldi/DL

A segunda passagem do publicitário Rafael Leal na Secretaria de Cultura – agora assumindo efetivamente a cadeira de secretário – promete ser marcada pelo diálogo com os segmentos culturais e pela luta por construção coletiva de editais, festivais e apresentações culturais descentralizadas pela cidade. Ao menos é o que ele garantiu, durante entrevista exclusiva ao Diário do Litoral na última sexta-feira.

Antigo secretário-adjunto da pasta e ex-secretário de Turismo de Santos, Leal garante ainda que a reforma do Teatro Rosinha Mastrângelo será entregue no segundo semestre e que suas principais missões no comando da pasta serão fortalecer o Fundo de Assistência à Cultura (Facult) e zelar pela manutenção dos equipamentos. Confira o posicionamento dele em relação às principais demandas da classe artística.

Festivais independentes

Estamos chamando os produtores dos muitos festivais que acontecem na cidade para conversar e buscar formas de auxiliar no desenvolvimento desses festivais. Cada um tem uma necessidade: seja financeira, burocrática, de captação de recursos ou de cessão de espaço. É importante destacar que cada festival tem uma vocação e o papel da secretaria nesse ano será trabalhar para que todos tenham apoio e independência e principalmente para que as datas não se embaralhem e a gente não divida o público. Já estamos com o apoio fechado com o Festival Santista de Teatro (Festa) e com o Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos (Mirada) e vamos conversar com todos os outros nas próximas semanas.

Plano Municipal de Cultura

Temos hoje um farol para guiar todas as nossas ações, que é o Plano sancionado no ano passado. Independentemente de quem sente nessa cadeira, essa pessoa deverá seguir as diretrizes do plano a curto, médio e longo prazo e é isso que quero fazer. Nosso tripé será incentivar a formação e a qualificação artística, valorizar os artistas locais e seguir com o nosso DNA de produzir grandes eventos. Com essas três prioridades já conseguimos cumprir muitas das determinações do PMC.

Facult

Uma das minhas prioridades no governo será fortalecer o Facult. Isso já foi definido com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa e consta inclusive no Plano Municipal de Cultura. Sabemos que hoje acontecem atrasos, seja na documentação de projetos contemplados ou no lançamento do edital. Queremos participar efetivamente do Concult para entender e solucionar todos os impasses.

Apresentações nas praças

Estamos estudando a construção de um decreto ou de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para garantir as manifestações culturais em praça pública. As montagens de estruturas e os grandes eventos precisam seguir as determinações do decreto 6.889, mas as apresentações culturais não devem ser limitadas ou regidas por ele. Estamos em diálogo, buscando a melhor forma de garantir a liberdade cultural.

Reforma do Centro Cultural Patrícia Galvão

Uma das minhas últimas ações como secretário de Turismo foi conseguir recursos com o Departamento de apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos de São Paulo (Dade) para garantir o projeto de reforma do Pagu, que será tocado pelo arquiteto Júlio Roberto Katinsky, único profissional vivo da equipe que projetou o espaço na década de 70.  A proposta é modernizar todo o centro cultural, garantindo 100% da área para o teatro, além de construir um prédio administrativo no estacionamento.

Oficinas Pagu

Estão abertas até abril as inscrições para os interessados em ministrar 50 oficinas de oito linguagens artísticas nas dependências da Cadeia Velha de Santos. Temos um cronograma de iniciar as oficinas ainda no mês de maio. Queremos ocupar todo aquele espaço, garantindo a vocação artística da cidade. Com o retorno das Oficinas Pagu, Santos terá mais de 5 mil alunos matriculados em cursos artísticos em espaços descentralizados.

Coliseu deteriorado

Temos recursos garantidos também com o Estado para tocar a obra no telhado e na fachada do Coliseu no final deste ano. Temos que aguardar em virtude das eleições. Até lá, as equipes da prefeitura fazem pequenas intervenções.