24 de Abril de 2024 • 08:52
Donald Trump durante visita a Israel / Associated Press
Pelo menos 100 palestinos ficaram feridos ontem (22) na Cisjordânia nos protestos de apoio à greve de fome de presos israelenses e contra Israel, no dia da chegada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à região. As informações são da agência EFE.
Até às 13 h de Brasília as equipes de apoio tinham atendido 100 feridos, sendo oito por lesões de munição real, 20 por balas de metal com borracha, 64 que inalaram gás e oito com queimaduras ou fraturas, informou à imprensa o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
O serviço de emergências utilizou um hospital de campanha situado onde está o posto de controle que separa Ramala de Jerusalém e de onde se aproximou uma passeata com centenas de pessoas que partiu pela manhã do centro da cidade. Também foram registrados feridos em manifestações violentas em Hebrom, Jericó, Qalqilyah, Abu Dis e Deir Sharaf.
Os protestos foram convocadas pelo Comitê Nacional de Apoio aos Presos Palestinos e por grupos políticos, como parte dos atos de solidariedade que estão acontecendo desde 17 de abril em prol de centenas de prisioneiros em prisões israelenses e que iniciaram um jejum indefinido. Lojas, colégios e instituições em geral estão fechados também em apoio aos presos.
Durante a manifestação, o público gritou frases contra a política americana e contra a ocupação israelense. Alguns carregavam cartazes com a imagem de Trump marcada com uma sola de sapato, um gesto muito ofensivo no mundo árabe.
"A greve foi uma mensagem para Trump que expressa a insatisfação das pessoas com a política americana que apoia Israel", declarou à Agência Efe o secretário do Partido do Povo Palestino, Bassam Al-Salehi.
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