25 de Abril de 2024 • 20:25
O Facebook já vem firmando parcerias com agências de notícias para que avaliem a veracidade de conteúdos postados / Fotos Públicas/Ilustração
O Facebook anunciou que terá processo de verificação de identidade e autorização para quem quiser fazer propaganda política na rede. Será preciso comprovar o endereço do anunciante, o que será feito a partir do envio de um código de verificação.
Uma vez autorizados, os anúncios relacionados à eleição terão um selo para que sejam identificados como propaganda pelos usuários da rede.
A empresa passará a manter por quatro anos um relatório com todos os anúncios marcados como políticos, destacando quanto foi gasto por propaganda, o número de visualizações recebidas e informações sobre quem foi impactado por ele.
As mudanças devem começar a valer já nas eleições para o Congresso dos Estados Unidos que ocorrerão neste ano.
Elas vêm na esteira da discussão sobre a influência de agentes russos na disseminação de notícias falsas durante as eleições americanas de 2016 que levaram o republicano Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.
VÍDEOS
Também com o objetivo de coibir as fake news (notícias falsas), o Facebook irá analisar o conteúdo de fotos e vídeos publicados na rede.
Para isso, a empresa fechou parceria com a agência AFP, que inicialmente analisará o conteúdo publicado nesses formatos na França.
O Facebook já vem firmando parcerias com agências de notícias para que avaliem a veracidade de conteúdos postados na rede que usuários denunciam como falsos.
Quando é confirmada que a notícia é inidônea, a postagem tem seu alcance no Facebook limitada e quem tenta compartilhá-la é avisado de que provavelmente está espalhando algo falso.
A rede também diz que irá monitorar ativamente contas de usuários que possam influenciar resultados de eleições a partir da disseminação de notícias falsas.
Entre as medidas tomadas estão usar inteligência artificial para identificar páginas de fora do país onde ocorre o pleito que postam conteúdos falsos relacionados às eleições.
A empresa afirma que, em testes com a ferramenta no ano passado, durante votação no Alabama (EUA), conseguiu identificar um grupo oriundo da Malásia que divulgava fake news buscando lucro atraindo usuários para seus sites.
A empresa também deve dobrar o número de profissionais dedicados à segurança, atualmente em 10.000 pessoas.
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