25 de Abril de 2024 • 11:20
A manobra – uma das maiores já realizadas pelos dois países – vai utilizar 230 aviões, entre eles, caças F-22 Raptor / AHN YOUNG-JOON/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul começaram nesta segunda-feira (4) um exercício aéreo conjunto previsto para durar cinco dias. A manobra – uma das maiores já realizadas pelos dois países – vai utilizar 230 aviões, entre eles, caças F-22 Raptor. A operação foi batizada de Vigilant Ice (vigilante de gelo) e também envolve, segundo comunicado do governo sul coreano, milhares de soldados.
Há menos de uma semana, a Coreia do Norte lançou sobre o mar do Japão um míssil continental balístico considerado o maior até agora, desde sua escalada de testes com mísseis.
No fim de semana, o jornal norte-coreano Rodong falou sobre o exercício militar realizado pelos exércitos americano e sul coreano. "É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte que poderia resultar em uma guerra nuclear a qualquer momento", afirmou o editorial do jornal.
Com o mesmo tom adotado anteriormente, o texto chama a vizinha Coreia do Sul de "marionete" dos Estados Unidos. "Faria bem recordar que seu exercício militar [dos Estados Unidos] dirigido contra a Coreia do Norte será tão estúpido como um ato que precipita sua autodestruição".
A troca de acusações entre os dois governos continua. Há duas semanas a Coreia do Norte foi incluída na lista dos países que os Estados Unidos classifica como terrorista. A reação da Coreia do Norte veio na quarta-feira passada, quando Pyongyang lançou o míssil no mar do Japão.
Segundo um comunicado emitido na ocasião pelo país, comandado por Kim Jong Un, o míssil lançado semana passada, um Hwasong 15, poderia transportar uma ogiva nuclear e atingir todo o território continental dos Estados Unidos. O Pentágano não confirmou a informação, mas reconheceu que o míssil é o maior já lançado pelo país adversário.
O governo norte-americano pediu novas sanções contra a Coreia do Norte ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e interlocutores do governo Donald Trump afirmam que a possibilidade de uma guerra aumenta dia após dia.
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