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Após uma semana de bombardeios, mais de 500 morrem na Síria

Testemunhas afirmam que parte da população está escondida em porões e que os socorristas tem dificuldade para encontrar os sobreviventes nos escombros porque os ataques são ininterruptos.

Folhapress

Publicado em 24/02/2018 às 18:40

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Mais de 500 pessoas já morreram na região síria de Ghouta Oriental, próxima a Damasco, desde a noite de domingo (18), quando a área passou a ser bombardeada por forças leais ao ditador Bashar al-Assad.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, ONG com sede no Reino Unido, 510 pessoas foram mortas nos ataques, sendo 127 crianças e 75 mulheres, e mais de 2.400 ficaram feridas. Neste sábado (24), foram ao menos 24 mortos, de acordo com a organização.

A região (formada por uma série de cidades-satélites e fazendas a leste de Damasco) está sob cerco das forças oficiais desde 2013, quando Assad foi acusado de ter usado gás sarin em um ataque no local, matando cerca de 1.300 pessoas -o governo nega o uso do material.

O aumento da violência na região, o último enclave rebelde nas proximidades de Damasco, levou o Conselho de Segurança da ONU a debater a imposição de uma trégua humanitária de 30 dias em Ghouta.

As discussões começaram na quinta-feira (22), mas a votação já foi adiada duas vezes porque a Rússia, aliada de Assad, indicou que vetaria a resolução.

Uma nova proposta, feita por Suécia e Kuwait e com apoio de França e Alemanha, está prevista para ir a debate ainda neste sábado, mas não está claro ainda se a Rússia vai permitir que ela seja votada.

O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, disse que a ideia de um cessar-fogo imediato na região não é realista, em uma crítica a proposta que seria votada e que previa o início da trégua em 72 horas.

Com isso, Suécia e Kuwait alteraram o documento, que agora "pede que todas as partes interrompam as hostilidades sem demora", mas não específica uma data exata para que isso aconteça.

A proposta afirma ainda que após o cessar fogo começar, deve ser aberto um espaço para que comboios humanitários e equipes de saúde entrem na região e atendam as cerca de 400 mil pessoas que moram no local.

Testemunhas afirmam que parte da população está escondida em porões e que os socorristas tem dificuldade para encontrar os sobreviventes nos escombros porque os ataques são ininterruptos. Há ainda relatos que que hospitais também foram alvo dos bombardeios.

Segundo o governo sírio, o bombardeio tem como objetivo atacar grupos terroristas que controlam a área. O ataque é feito com aviões e helicópteros e ativistas afirmam que parte desses veículos é russa, o que Moscou nega.

Desde que a Rússia passou a dar apoio militar ao governo sírio, em 2015, Assad vem conseguindo recuperar terreno, derrotando tanto rebeldes quanto o grupo extremista Estado Islâmico.

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