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Os maravilhosos castelos franceses

A maioria deles está localizada no vale banhado pelo Rio Loire

Da Reportagem

Publicado em 17/09/2017 às 18:30

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Os castelos sempre mexem com o imaginário das pessoas. Reviver a saga de seus ocupantes, geralmente rainhas e princesas que arrastavam seus vestidos pelas escadarias frias, sempre escoltadas por damas e soldados é um exercício prazeroso para alguns. Visitar estes lugares e ter contato com uma atmosfera de luxo e ostentação é o sonho de muitos.

Os mais bonitos castelos estão na Europa, sendo que o Vale do Loire, na França, é tido como uma das regiões que concentram as mais belas construções deste tipo. Alguns desses castelos foram transformados em museus e tiveram seus ambientes recriados para melhor ilustrar o seu passado cheio de glória, romances e intrigas políticas.

Um dos mais famosos no Loire é o Castelo de Chambord; sua construção em estilo Renascentista começou em 1519, sob o reinado de François I, que desejava impressionar a Europa. A História conta que foram necessários quase dois mil trabalhadores para erguerem o palácio que levou quase três décadas para ser concluído. A área do palácio, incluindo os bosques à sua volta, cobre um perímetro de 5.500 hectares e o prédio mede cerca de 160 metros de comprimento por 120 metros de largura.

Os números realmente impressionam. No total são 440 aposentos, 14 grandes escadarias, 70 escadas menores e nada menos que 365 lareiras. O projeto contou com a orientação especial de Leonardo da Vinci. Os tetos são decorados com a salamandra, símbolo do Rei François I que também fez questão que seu nome fosse gravado em diversas partes do castelo.

Quando a monarquia francesa caiu, o Castelo de Chambord foi invadido e sua mobília desapareceu. A partir daí, a propriedade passou por vários donos até que, em 1930, o Governo Francês decidiu comprá-la e a mesma passou por um minucioso processo de restauração.

Atualmente, o local está completamente preservado, com salões adornados; móveis e vários objetos tais como candelabros, porcelanas e tapeçarias de época podem ser apreciados. Tudo remete à história do lugar. Além de tudo, o Castelo de Chambord conta com uma excelente estrutura para atender aos inúmeros visitantes, como restaurantes, lojas de souveniers e outros serviços.

Continuando nossa peregrinação pelo Loire, encontramos o Castelo de Chenonceau é conhecido como o “Castelo das Sete Damas” por causa de sete mulheres de forte personalidade que habitaram o lugar, entre elas duas rainhas.

O início da construção do palácio data do Século XIII. Durante o reinado de François I, a propriedade foi comprada pela Mme. Catharine Briçonnet. Voluntariosa, determinou que o castelo fosse demolido preservando apenas sua torre. Feito isso, construiu um novo castelo, mas sua família faliu e ela não pode terminar a obra sendo que a propriedade acabou sendo vendida ao rei. No ano de 1547 quando Henrique II subiu ao poder, ele deu o palácio de presente para sua amante, Diane de Poitiers que não pensou duas vezes e tratou de aumentar a construção. Uma de suas primeiras iniciativas foi construir uma ponte sobre arcos, ligando o castelo à outra margem do rio, depois projetou novos e suntuosos jardins.

O rei morreu em 1559 e a sua esposa, a rainha Catharine de Medici, tratou de despejar a amante do Castelo de Chenonceau para ela mesma usufruir do lugar. Em cima da ponte sobre arcos, ela mandou construir um novo aposento, um imenso salão sobre o rio, com dois andares e 90 metros de comprimento que passou a ser conhecido como Grande Galeria. Até hoje o lugar é uma das melhores atrações do palácio.

Catharine de Medici ainda aumentou os jardins e parques e o lugar passou a ser o palco de festas famosas e muito suntuosas. Uma delas entrou para a História, foi quando a Rainha Mary Stuart, da Escócia, visitou a França em 1560. Foi organizada uma recepção para mil convidados, todos da realeza europeia, que durou vários dias, com direito a apresentações teatrais, poetas, músicos e pintores para registrar o evento, já que a máquina fotográfica não existia, ainda.

Mas a Rainha Catharine de Medici morreu e seu filho, Henrique III foi assassinado. Então, o Castelo de Chenonceau passou a ser propriedade de sua mulher, Louise De Savoie.

Uma nuvem de luto permanente cobriu a propriedade que entrou num período de total decadência e abandono. Nestas condições, passou pelas mãos de muito proprietários até que no Século XVIII foi comprado por Mme.

Dupin e voltou aos velhos tempos de esplendor, inclusive recebendo hóspedes ilustres como Voltaire e Rousseau.
Atualmente, o interior do palácio é cuidadosamente preservado, tanto o seu mobiliário como os detalhes de sua construção, uma vez que ele é único em seu estilo.

Gostou do roteiro? Então espere pela próxima edição para conhecer outros castelos, depois você decide qual será o seu roteiro de viagem.

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