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Bangue-bangue à italiana

Nos anos 40 e 50, as histórias em quadrinhos de faroeste eram campeãs de vendas. Muitas delas refletiam personagens famosos de pioneiros do cinema como Tom Mix e Bronco Billy, por exemplo

Da Reportagem

Publicado em 30/07/2017 às 18:00

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Depois dos anos 70, a moda dos faroestes foi acabando e, com isso, as HQs desse estilo também foram desaparecendo em quase todo o mundo. Mas, na Itália, graças a uma editora que aposta há anos justamente nesse estilo, histórias de faroeste ainda são publicadas e com muito sucesso.
A Sergio Bonelli Editore, situada em Milão, tem até um formato próprio para as suas revistas, com papel tipo jornal e publica seus títulos em praticamente todo o mundo, até aqui no Brasil, onde suas revistas estão sob a responsabilidade da Mythos Editora. E aposto que, mesmo sem ter lido algum desses títulos, você conhece muitos. Quer ver?
 Tex, Zagor, Ken Parker, Mágico Vento, Dampyr, Dylan Dog, Nathan Never, Julia, Martin Mystère e muitos outros. Alguns gibis, como Tex, por exemplo, já têm quase 70 anos de publicação, sempre com muito êxito. Mágico Vento, um dos “caçulas” já está com 20 anos de vida. Apesar de alguns com temáticas detetivescas ou de terror, a maior aposta da Bonelli é mesmo nas revistas de bangue-bangue.
 Mas, ouso dizer, que a Bonelli só está viva até hoje porque a qualidade do material que publica é inegável. Sem falar em sua estreita ligação com o cinema, com cenas que se sucedem como quadros de um filme em histórias de 100 páginas em média. Desenhos irrepreensíveis, com roteiros mirabolantes fazem a felicidade de qualquer fã de bons quadrinhos.
 Tex Willer, o caubói solitário, foi idealizado visualmente por Aurelio Galleppini, o Galep, uma lenda do traço realista na Itália. Dizem que Galep foi moldando o rosto do caubói baseando-se em artistas famosos como Gary Cooper, John Wayne e Cary Grant. Também copiava as poses de seu mais famoso justiceiro de velhos cartazes de filmes. Mas, claro, isso em nada diminui a importância do trabalho de Galep na consolidação de um estilo que vende bem até hoje.
O sistema agradou, então, Ken Parker teve seu rosto inspirado em Robert Redford; Mágico Vento em Daniel Day-Lewis; Dylan Dog em Rupert Everett e assim por diante. Obviamente, isso só é possível por causa do extremo realismo dos desenhos nos quadrinhos Bonelli. Assim, também temos um tipo de narrativa que agrada aos mais velhos, daí, talvez, a fama da Bonelli de só ter leitores mais idosos.
A verdade é que boas histórias em quadrinhos valem para todas as idades. Se não conhece algum dos títulos aqui citados, não perca tempo. Garanto que você vai gostar.

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