Projeto de nova arena do Santos é apresentado ao Conselho Deliberativo

Um fundo de investimento dos Estados Unidos, responsável por injetar cerca de R$ 450 milhões, deve ser o grande parceiro do Santos para a construção de um novo estádio nos próximos anos. Em reunião extraordinária realizada na noite desta terça-feira, o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, em comunhão com executivos das empresas Conexão 3 e Fernandes Arquitetos Associados, parceiros do clube na iniciativa, explicou um pré-projeto do "novo caldeirão" aos membros do Conselho Deliberativo do clube.

A identidade do fundo é mantida em sigilo pelos dirigentes do clube, mas detalhes da arena foram divulgadas em apresentação. O complexo onde pode ser feita a construção fica a cerca de 1km do CT Rei Pelé, possui 109 mil metros quadrados, e é cinco vezes maior que a Vila Belmiro (19 mil m²).

A ideia é que o novo espaço tenha capacidade para 27.286 pessoas. Além disso, o Alvinegro espera construir um estacionamento para 1900 vagas. As arquibancadas ficarão atrás dos gols. O prédio leste contará com cadeiras. Já no oeste, onde fica a áre mais nobre do estádio, terão camarotes. A cobertura do estádio terá ainda bordas transparentes, nos moldes das novas arenas.

O espaço do terreno apresentado pertence à Associação Atlética dos Portuários e à co-irmã Portuguesa Santista. No projeto, ambas as instituições cederiam espaço do seu terreno ao Alvinegro e, em troca, teriam revitalizadas as suas áreas em uma nova dimensão, um pouco mais reduzida em relação à atual.

A princípio, o Santos não terá nenhum tipo de gasto em relação à construção. Porém, a divisão de lucros para o local despertou ampla discussão entre os conselheiros. Pelo que foi apresentado, o Santos ficaria com 40% dos lucros no local, em casos de apresentação de shows e outros eventos.

Além disso, nos primeiros anos, o Peixe também seria dono de 12,5% da bilheteria e, ao passar dos anos, aumentaria esse percentual para 40%. Este foi o ponto de discordância, já que, atualmente, o Peixe é dono de 100% das bilheterias da Vila Belmiro e, na opinião de muitos conselheiros, sairia no prejuízo com o negócio.

O pré-projeto apresentado por Modesto ainda não foi colocado para votação do Conselho Deliberativo. Aliás, uma data ainda não foi definida para tal. No entanto, caso passe de forma positiva pelos conselheiros, serão iniciadas as obras, que devem durar por volta de 30 meses.

Mesmo que o projeto seja aprovado, a Vila Belmiro não deve ser esquecida. O local pode receber investimentos de R$ 25 milhões para uma grande revitalização.