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Presidente do Santos colocará ida de Rodrygo ao Real em votação no Conselho

Em pouco mais de cinco meses de mandato, Peres enfrenta forte pressão na Vila Belmiro

Folhapress

Publicado em 08/06/2018 às 10:21

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Peres enfrenta forte pressão na Vila Belmiro / Divulgação/Santos F.C./Fotos Públicas

Pressionado no cargo, o presidente do Santos, José Carlos Peres não quer assumir sozinho a responsabilidade de vender o atacante Rodrygo, 17 anos, para o Real Madrid, da Espanha. Após dividir o assunto em reunião com o Comitê Gestor nesta quinta-feira (7), o dirigente agora prometeu que colocará a possível transferência da nova "joia santista" em votação no Conselho Deliberativo.

Em pouco mais de cinco meses de mandato, Peres enfrenta forte pressão na Vila Belmiro. Na reunião do Conselho desta quinta, o mandatário foi "bombardeado" de críticas vindas de conselheiros que pediam a palavra no púlpito. Do lado de fora, torcedores pediam o impeachment e para que ele renunciasse o cargo, com faixas, gritos e fogos.

"Não, não está nada aprovado [venda pelo Comitê Gestor]. Essa venda depende, se ocorrer, não só do Comitê Gestor, mas do Conselho Deliberativo. Vamos colocar em plenário para ter votação", afirmou José Carlos Peres.

A ideia do presidente santista é encaminhar a transferência de Rodrygo ao Real Madrid ao Conselho mesmo que o clube merengue pague a multa rescisória, fato que obrigaria o clube paulista a negociar o jogador sem votação. Mas, neste caso, Peres promete pelo menos explicar detalhadamente a negociação, expondo valores e forma de pagamento.

"Estão próximas da multa e a gente já deu o recado: precisa pagá-la. Mesmo tendo a multa, vamos conduzir junto com o Comitê Gestor e o Conselho Deliberativo. Vamos explicar, mostrar. Obviamente que se pagou, não tem jeito. Mesmo assim, só daqui a um ano pode levar", disse.

Até o momento, o Real Madrid ofereceu 45 milhões de euros (R$ 207 milhões), segundo apurou a reportagem. No entanto, a multa rescisória do jogador está estipulada em 50 milhões de euros (aproximadamente R$ 213 milhões). O dirigente santista confirmou que aceita 40 milhões de euros (R$ 186 milhões) e já faz planos com o dinheiro: pagar dívidas e reforçar o elenco.

PLANO DE CARREIRA

Caso o Conselho Deliberativo não aprove a transferência de Rodrygo para o futebol europeu, José Carlos Peres não descarta oferecer um plano de carreira para o jogador, que inclui um projeto de marketing. No entanto, o dirigente não vê a família do jogador interessada em desistir de propostas do exterior neste momento para ficar no clube.

"Segurar e fazer entorno dele um projeto de marketing para trazer mais torcedores. O interesse é sempre segurar o atleta. Tem que ver o lado do atleta e é preciso avaliar. Estamos, sim, montando um projeto para ele e para a sua família", afirmou Peres.

"Quando se fala de projeto depende dos pais, da família e do próprio jogador. A família tem um caráter excepcional, o menino tem uma boa educação, mas não deu para sentir se topam um projeto para ficar no Brasil", disse.

Com a permanência de Rodrygo considerada difícil, o presidente santista carrega outro sonho: vender o jogador e ficar com ele até 2020 ou pelo menos até a metade do próximo ano.

"O Vinicius Júnior [do Flamengo e vendido ao Real Madrid] teve um projeto que está até hoje no Flamengo. Se ocorrer a venda dele e ficar por dois anos, é o que queremos. Se não conseguirmos, até julho do ano que vem, um ano", explicou.

DIVISÃO DO DINHEIRO

Para que o Santos receba 40 milhões de euros (R$ 186 milhões), Rodrygo terá que abrir mão de parte dos seus direitos, pois o Real ofereceu 45 milhões de euros (R$ 207 milhões) e, neste caso, para o clube paulista restaria 36 milhões de euros (R$ 168 milhões).

Isso porque o Santos detém 80% dos direitos econômicos de Rodrygo, enquanto o jogador é dono do restante dos direitos e, por isso, ficaria com 9 milhões de euros (R$ 42 milhões) em caso de oferta de 45 milhões de euros.

Sendo assim, para que o Santos receba 40 milhões (R$ 186 milhões) e o negócio seja fechado, Rodrygo terá que aceitar ficar com 5 milhões de euros (R$ 23 milhões) e negociar luvas com o clube espanhol.

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