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Dorival ganha elenco na base da lealdade e respira no São Paulo

A diretoria deu voto de confiança ao comandante, principalmente depois de ouvir o que os jogadores pensam sobre o trabalho da comissão técnica

Folhapress

Publicado em 05/03/2018 às 13:15

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A diretoria deu voto de confiança ao comandante, principalmente depois de ouvir o que os jogadores pensam sobre o trabalho da comissão técnica / Divulgação/SPFC

Depois da derrota para o Santos, no dia 18 de fevereiro, Dorival Júnior enfrentou momento de incertezas no São Paulo. O que se anunciava era uma demissão depois de qualquer outro resultado negativo. O time perdeu do Ituano. Dorival ficou. Veio o empate com a Ferroviária. E o treinador mais uma vez foi mantido.

A diretoria deu voto de confiança ao comandante, principalmente depois de ouvir o que os jogadores pensam sobre o trabalho da comissão técnica. Mas como se formou essa unidade entre elenco e Dorival?

O primeiro elemento já foi citado pelo técnico ao agradecer aos dirigentes pela decisão de manter o trabalho: a lealdade. Os atletas confiam em Dorival como pessoa. Ressaltam que as promessas são sempre cumpridas, que as conversas são sempre francas, inclusive aquelas para cobranças, e que é notável o esforço do treinador para tirar a pressão dos ombros dos jogadores. Costuma externar pontos positivos nas entrevistas para "ganhar tempo" e provar que há evolução na equipe.

Até por isso causou estranheza na diretoria a declaração de que "técnico não faz gol" após o clássico com o Santos. Imediatamente, os jogadores asseguraram que a fala não trouxe nenhum incômodo e que, de fato, o time estava falhando tecnicamente. Os atletas entendem que o São Paulo já tentou trocar de técnicos diversas vezes nos últimos anos e que isso nunca solucionou os problemas crônicos do clube. A demissão de Rogério Ceni é exemplo. O grupo crê que poderia ter feito mais pelo antigo treinador e não quer ser "culpado" também por uma queda de Dorival.

Outro ponto que sustenta o comandante com o elenco é o trabalho de campo. Há o consenso de que as atividades são produtivas, compreensivas com a maratona de jogos deste início de ano e, acima de tudo, eficientes. Prova disso está no catálogo de gols do time na temporada. São 14 tentos em 13 partidas, sendo nove baseados em jogadas treinadas de forma insistente por Dorival, quase sempre pelas laterais, com tabelas, infiltrações e cruzamentos rasteiros. Isso traz autoridade ao trabalho do comandante.

Na vitória por 2 a 1 sobre o Linense no domingo (4), mais um reflexo dos treinos. O gol de Rodrigo Caio, após cobrança de escanteio, vinha ficando no "quase" desde que a temporada começou. Dorival destina bastante tempo às jogadas de bola parada e não se incomoda em parar e explicar o quanto for necessário para os atletas absorverem suas ideias. Quando pensa em um treinamento ou em um tipo de jogada, faz explicações teóricas, reforça em vídeo e ainda tem paciência para uma terceira sessão demonstrativa, já no campo, para quem não entendeu.

Essa atenção reforça a imagem de um técnico preocupado com a evolução de cada atleta e também entra em mais um pilar de Dorival com o elenco: o tratamento dado aos jovens. Os líderes do grupo tinham como um dos principais receios em caso de demissão do técnico o futuro dos garotos promovidos ao profissional neste ano. Pedro, Paulo Henrique, Paulinho Boia e Caique poderiam perder espaço com um novo treinador, que cedesse à pressão pela falta de resultados e apelasse a novas contratações.

É fato que todo esse respaldo dado pelos atletas deu segurança à decisão da diretoria de manter Dorival.

Mas tanto os jogadores como o técnico lembram que nada disso servirá sem resultados. Por isso, tratam o clássico com o Palmeiras, às 20h30 de quinta-feira (8), no Allianz Parque, como chance de comprovar para a torcida e para os críticos todos esses atributos do trabalho atual.

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