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Comandante do Palmeiras contra o Bahia, auxiliar alia escola gaúcha e europeia

aúcho de Tuparandi, Paulo César Turra, 44, não tem o mesmo bigode e porte físico do baixinho Murtosa, mas tem se mostrado tão participativo quanto o histórico fiel escudeiro de Felipão.

Folhapress

Publicado em 16/09/2018 às 07:09

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Expulso no clássico contra o Corinthians, Felipão será substituído por Paulo Turra. / Fotos Públicas

O Palmeiras enfrenta o Bahia neste domingo (16), em Salvador, às 16h, pelo Brasileiro, sem o técnico Luiz Felipe Scolari no banco de reservas. Expulso no clássico contra o Corinthians, o treinador será substituído pelo auxiliar técnico Paulo Turra.

Quem conhece de longa data o trabalho de Felipão estranhou em seu retorno ao Palmeiras não ver ao lado do técnico Flávio Teixeira, o Murtosa, auxiliar desde 1983.

Segundo o comandante palmeirense, o companheiro disse que precisa resolver questões particulares e não poderia estar com ele no momento.

Gaúcho de Tuparandi, Paulo César Turra, 44, não tem o mesmo bigode e porte físico do baixinho Murtosa, mas tem se mostrado tão participativo quanto o histórico fiel escudeiro de Felipão.

Um dia após o anúncio do retorno do treinador, em 26 de julho, o Turra chegava ao clube alviverde acompanhado do também auxiliar técnico Carlos Pracidelli.

Como Scolari ainda precisava resolver questões pessoais em Portugal e só seria apresentado no final da semana seguinte, Turra assumiu os treinamentos no dia 30 e de cara mostrou diferenças em relação ao trabalho do demitido Roger Machado.

Ex-zagueiro com passagens por Caxias, Botafogo, Grêmio, futebol português e pelo próprio Palmeiras, onde conquistou a extinta Copa dos Campeões (2000), o gaúcho participou ativamente do treino, parando jogadas e conversando sobre posicionamento defensivo e postura na marcação.

Em seu primeiro dia cobrou os jogadores para que eles tentassem recuperar a bola logo que a perdessem, sem deixar o adversário respirar, segundo contou o zagueiro Antonio Carlos em entrevista coletiva.

Com o antecessor, o time alviverde tinha como característica esperar mais pelo rival, sem pressioná-lo tanto. Outra diferença está nos treinamentos com menor duração, porém, maior intensidade.

Foi o início da implantação da "identidade" vista hoje no time, termo muito usado por Felipão e que pode ajudar a explicar a solidez defensiva.

Desde o início dos trabalhos da nova comissão técnica foram 13 jogos (8 vitórias, 3 empates e 2 derrotas) e apenas 3 gols sofridos em partidas pelo Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores -14 gols a favor.

"O Paulo é um cara de pensamento moderno, do futebol atual, dinâmico. Ele tem um lado europeu, de marcar muito forte, transição ofensiva rápida, que utiliza também do jogo direto, algo que acontece muito na Europa. Jogo que prioriza a bola e se encurta espaços", conta Marcelo Caranhato, 41, técnico atualmente sem clube.

O ex-treinador do Cianorte-PR trabalhou como auxiliar de Turra no Caxias (2015) e no Brusque (2011). Os dois também jogaram juntos, em 2006, no Novo Hamburgo.

Para ele, o amigo e Felipão se completam. O primeiro é um cara "determinado" e "estudioso do futebol" e o segundo é um "grande especialista" em gestão de grupo.

Turra deu um tempo na carreira de técnico para se juntar a Scolari no Guangzhou Evergrande (CHN), em 2017.

No ano anterior, comandou o Cianorte no título invicto da segunda divisão do Campeonato Paranaense.

Houve também momentos difíceis no comando de equipes, como a campanha que culminou no rebaixamento do Caxias no Gaúcho de 2015.

O encontro com Felipão no clube chinês não foi à toa. Antes, ele já havia feito estágio no Palmeiras com o treinador, em 2011, e sido atleta dele no clube paulista, em 2000.

Durante esse período, Turra conquistou a confiança do técnico. Além de dar alguns treinamentos no clube, não é raro vê-lo em pé ao lado do chefe na área técnica durante os jogos, como na vitória sobre o Corinthians na última rodada do Brasileiro.

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