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Educação

PM cumpre reintegração de posse do Centro Paula Souza ocupado por estudantes

Não foram usados armamentos, mas alguns alunos que resistiam deixar o local foram arrastados para fora

Agência Brasil

Publicado em 06/05/2016 às 11:30

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Estudantes ocupavam desde o dia 28 de abril o prédio do Centro Paula Souza, em protesto pelas fraudes na merenda escolar em São Paulo / Rovena Rosa/Agência Brasil

Em um cumprimento de mandado de reintegração de posse, policiais militares entraram hoje (6) às 6h40, no Centro Paula Souza, ocupado desde o último dia 28 de abril por um grupo de estudantes das escolas técnicas da rede estadual em protesto contra a falta de merenda escolar. Não foram usados armamentos, mas alguns alunos que resistiam deixar o local foram arrastados para fora. A ação durou cerca de dez minutos, por volta das 6h50, o prédio já tinha sido esvaziado.

Por volta das 7h15, os secundaristas caminhavam pela Avenida Tiradentes rumo à zona norte da cidade, bloqueando a passagem de veículos. Uma das pistas da avenida, no sentido centro, está interditada para o tráfego de veículos.

Por volta das 7h30, os estudantes tentavam entrar a força na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec), que fica no próximo à Estação da Luz, mas foram impedidos de completar a ação, pois a entrada está cercada por PMs. Os policiais chegaram a usar cassetetes contra um grupo de alunos mais exaltados.

O local foi ocupado, na tarde do dia 28 de abril, após uma passeata em protesto contra as denúncias de corrupção nos contratos da merenda escolar no estado e os cortes de recursos na educação.

Fraudes

Uma força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público investiga, na Operação Alba Branca, deflagrada no dia 19 de janeiro, um esquema de fraudes na compra de merenda escolar de prefeituras e do governo paulista. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Ribeirão Preto, as fraudes na contratação da merenda, entre 2013 e 2015, envolvem 20 municípios. Os contratos sob suspeita chegam a R$ 7 milhões, dos quais R$ 700 mil foram, segundo os promotores, destinados ao pagamento de propina e comissões ilícitas.

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