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Economia

Volume de serviços cai 4,7% nos primeiros oito meses ano

Os dados foram divulgados hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Agência Brasil

Publicado em 19/10/2016 às 13:00

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Em todo o país, volume dos serviços caiu 4,7% nos primeiros oito meses de 2016 / EBC

O volume dos serviços recuou 1,6% de julho para agosto deste ano, após crescimento de 0,7% em julho comparativamente a junho, fechando os primeiros oito meses de 2016 com queda acumulada de 4,7%.

Os dados foram divulgados hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que, quando a comparação se dá com agosto do ano passado, a queda é ainda maior: de 3,9%. Neste caso, é a maior queda registrada pelo IBGE para os meses de agosto de toda a série histórica iniciada em janeiro de 2012. É também a 17ª taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação.

Já a receita nominal do setor, embora também tenha fechado negativa em agosto comparativamente a julho em 0,4%, nos primeiros oito meses do ano o setor acumulou alta de 0,5%, em ambos os casos na série livre de influências sazonais.

A queda de 1,6% de julho para agosto no volume dos serviços reflete retrações nas atividades de serviços prestados às famílias (-1,6%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,3%); e outros serviços (-1,2%). Já o agregado especial das atividades turísticas apresentou recuo de 0,8%, também na série dessazonalizada.

Efeito dos Jogos Olímpicos

O levantamento do IBGE indica que o volume dos serviços cresceu 2,7% no Rio de Janeiro em decorrência do Jogos Olímpicos no início do segundo semestre.

Os impactos positivos dos jogos sobre a cidade ficam ainda mais evidentes quando se constata que, nos dois meses imediatamente anteriores, o volume de serviços, ainda na série livre de influências sazonais, foi negativo: houve queda de 0,9% de maio para junho e de 1,7% de junho para julho.

Quanto aos resultados regionais de agosto, as maiores variações positivas de volume em relação a julho foram registradas - depois do Rio de Janeiro - no Ceará (2,1%) e no Rio Grande do Sul (1,4%). Já as maiores variações negativas ocorreram em Rondônia (-14,3%), Espírito Santo (-6,2%) e Mato Grosso (-6,1%).

Na comparação com agosto de 2015, todas as unidades da federação acusaram variações negativas, sendo que as maiores foram em Rondônia (-21,2%), Amazonas (-16,1%) e Espírito Santo (-13,9%).

Segundo o IBGE, o impacto da Olimpíada nas atividades turísticas no Rio de Janeiro pode ser observado quando analisado o segmento em separado. Houve crescimento de 1,7% da atividade em agosto e de 0,6% em julho, enquanto em junho o número foi negativo em 0,9%.

Os resultados da receita nominal tornam esta influência ainda mais evidente, ao apontar para um crescimento de 7,3% frente a julho, na série livre de influências sazonais, e de 25,6% na comparação com agosto de 2015. Esta alta, na avaliação do IBGE, ao se apresentar bastante descolada do crescimento dos serviços, evidencia uma elevação bastante acentuada dos preços praticados nos serviços que compõem esse agregado em especial.

No que se refere aos resultados sem ajuste sazonal, quando a comparação se dá com igual mês do ano anterior, o impacto da Olimpíada fica mais evidente nos serviços de alojamento e alimentação, que cresceram 15,6% em termos de volume, na comparação com agosto de 2015, e 42,6%, em termos de receita nominal.

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