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Economia

Ações da Petrobras lideram ganhos da Bolsa; dólar tem leve alta com exterior

As ações preferenciais, as mais negociadas do pregão, subiram mais de 3%, enquanto as ordinárias avançaram acima de 4%, e lideraram os ganhos da Bolsa

Folhapress

Publicado em 07/10/2016 às 00:30

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As ações da Petrobras lideraram os ganhos da Bolsa / Divulgação

A aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto que desobriga a Petrobras de ser sócia e operadora única do pré-sal impulsionou os papéis da estatal nesta quinta-feira (6). As ações preferenciais, as mais negociadas do pregão, subiram mais de 3%, enquanto as ordinárias avançaram acima de 4%, e lideraram os ganhos da Bolsa.

Segundo operadores, os papéis da Petrobras responderam por mais de um quarto do volume negociado na Bolsa nesta sessão, e o índice terminou em alta 0,65%, renovando a maior pontuação em 25 meses. O mercado acionário doméstico descolou-se da Bolsa de Nova York, que operou perto da estabilidade.

Os investidores de todo o mundo estão cautelosos com os dados de criação de empregos nos EUA, o chamado "payroll", que saem nesta sexta-feira (7). Um dado muito forte pode elevar ainda mais as chances de aumento dos juros americanos neste ano. A mediana das estimativas de analistas consultados pela Bloomberg é de que tenham sido criadas 172 mil vagas no mês passado, antes 151 mil em agosto.

Os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, divulgados nesta quinta-feira, vieram abaixo das expectativas, sinalizando aquecimento do mercado de trabalho. Foram 5 mil pedidos a menos do que na semana anterior, totalizando 249 mil, ante projeções de 256 mil. O dado reforçou as apostas em relação a uma alta dos juros americano.

Segundo levantamento da agência Bloomberg, a probabilidade de elevação dos juros americanos em dezembro subiu para 63,6%, ante 62,1% no dia anterior.

Essa cautela em relação ao "payroll" fez o dólar subir mundialmente, inclusive frente ao real. Entretanto, a valorização da moeda americana no Brasil foi limitada pelo otimismo em relação ao andamento do ajuste fiscal do governo Michel Temer.

A expectativa é de que seja aprovada ainda nesta quinta-feira a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que limita os gastos públicos, a chamada PEC do Teto, na comissão especial da Câmara dos Deputados.

Bolsa

O Ibovespa fechou em alta de 0,65%, aos 60.644,24 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,9 bilhões.

As ações da Petrobras subiram 3,57%, a R$ 15,10 (PN), e 4,35%, a R$ 16,80 (ON).

A equipe de análise da Guide Investimentos comenta, em relatório, que a aprovação do projeto que desobriga a Petrobras de ser a única operadora do pré-sal, ocorrida na noite desta quarta-feira, é positiva, uma vez que a estatal manterá o direito de preferência sobre esses blocos, mas sem a obrigatoriedade de participação.

"Desta forma, a Petrobras terá uma maior racionalização dos investimentos, podendo escolher os blocos mais rentáveis para ela, com possibilidades de vender participações em outros", escrevem os analistas. "A medida também abre oportunidades para outras empresas de participar da exploração do pré-sal, abrindo espaço para maior investimento no setor."

Contribuiu para a alta das ações da Petrobras o avanço dos preços do petróleo no mercado internacional, para os maiores níveis em quatro meses. Os investidores se mantêm otimistas com o acordo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para conter o excesso de oferta e após a queda dos estoques semanais de petróleo dos EUA.

O petróleo Brent, negociado em Londres, subiu 1,3%, para US$ 52,51 o barril. O petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, avançou 1,2%, a US$ 50,44 o barril. Foi a primeira vez que o WTI fechou acima dos US$ 50 em mais de três meses.

Além disso, a Petrobras informou nesta quinta-feira que iniciou negociações exclusivas com a australiana Karoon para venda de participação e, dois campos de petróleo no Brasil.

Os papéis da Vale recuaram 0,50%, a R$ 15,64 (PNA), e 0,33%, a R$ 17,80 (ON).

No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subiu 0,82%; Bradesco PN, estável; Bradesco ON, +0,44%; Banco do Brasil ON, +3,13%; Santander unit, -0,22%; e BM&FBovespa ON, +0,34%.

Câmbio e juros

O dólar comercial fechou em alta de 0,09%, a R$ 3,2230; a moeda americana à vista, que encerra o pregão mais cedo, teve queda de 0,07%, a R$ 3,2290.

Pela manhã, como tem ocorrido nos últimos dias, o Banco Central leiloou 5 mil contratos de swap cambial reverso, no montante de US$ 250 milhões.

No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 caiu de 13,723% para 13,701%; o contrato de DI para janeiro de 2017 recuou de 12,080% para 12,010%; e o contrato de DI para janeiro de 2021 ficou estável em 11,330%.

O mercado aguarda a divulgação do IPCA, o índice oficial de inflação, de setembro, nesta sexta-feira (7). A mediana das estimativas de analistas consultados pela Bloomberg é de que o IPCA tenha ficado em 0,19% na comparação mensal, ante 0,44% em agosto. Se confirmada, a desaceleração do indicador pode elevar as apostas de um corte da taxa básica de juros (Selic) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC ainda em outubro.

A esperada aprovação da PEC do Teto no Congresso é outro fator que pode aumentar as chances de corte dos juros. "O andamento do ajuste fiscal é um dos sinais esperados pelo Banco Central para cortar a Selic", destaca a Gradual Investimentos, em comentário ao mercado.

O CDS brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, caía 1,28%, aos 271,359 pontos.

Exterior

Em Nova York, o índice S&P 500 fechou em alta de 0,05%; o Dow Jones perdeu 0,07%; e o Nasdaq, -0,17%.

Na Europa, a Bolsa de Londres terminou em queda de 0,47%; Paris, -0,22%; Frankfurt, -0,16%; Madri, -0,24%; e Milão, +0,09%.

Na Ásia, o índice Nikkei subiu 0,47%. As Bolsas chinesas não operam nesta semana por causa de um feriado.

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