25 de Abril de 2024 • 19:13
O grupo apresenta a turnê do novo disco de trabalho, ‘Pancadélico’, nesta sexta-feira, em Santos / Divulgação
Com um ‘pop rock black brazuca’, o Jota Quest está comemorando 23 anos de carreira. Os mineiros vem à Santos apresentar o novo show de seu recém-lançado disco, ‘Pancadélico’. O vocalista Rogério Flausino conversou com o DL sobre as duas décadas na estrada e o show de logo menos, que acontece em Santos.
“Estamos numa sequência de discos muito legal, que começou com o ‘Funky Funky Boom Boom’ e agora com o Pancadélico. Então, esses dois CD’s ganharam a responsabilidade de ser a trilha sonora dos 20 anos do Jota”, afirmou o vocalista Rogério Flausino. Segundo ele, os dois discos reconectam a banda com seu estilo inicial de fazer música. “A mistura do pop rock, black, soul, funk, disco music”.
‘Pancadélico’ é o 17º disco da banda mineira e marca os 20 anos de lançamento do primeiro disco da banda. Flausino explica que, para a banda, comemorar duas décadas de carreira é um momento muito bom, ainda mais por estarem lançando um CD somente com músicas inéditas. “A primeira vez a gente nunca esquece”.
Para ele, é muito importante se reconectar ao início do Jota Quest, misturando vários estilos musicais em um só trabalho. “Disco após disco, a gente vem contrabalanceado os dois lados que tem na banda. Uma hora a gente está mais dançante mais groove, outra hora, estamos mais baladas, mais soul. Eu acho que, como dizia Tim Maia: ‘O segredo do sucesso é o equilíbrio’.”
Ao citar Tim Maia, o músico afirma a influência do cantor em uma das músicas do novo trabalho, ‘Mares do Sul’. “Essa música é uma mistura de Tim Maia com Jamiroquai. Estávamos tocando esse groove e, na hora que fomos cantar, saiu parecido com o Tim, foi então que resolvemos fazer essa homenagem pra ele”.
Ele conta que, apesar dos anos de carreira, o ‘Jota’ de hoje ainda é igual ao dos anos 90. “Somos os mesmos cinco caras que começaram a tocar pop rock em bares querendo ser como as grandes bandas do Brasil, como Titãs, Paralamas, Legião, Lulu Santos”. A ideia de fazer um som ‘misturado’ surgiu com a onda de ouvir o funk do James Brown, soul music e disco music. “Os meninos entraram nessa vibe de montar uma banda pra tocar esses estilos”.
Segundo Flausino, após tantos anos na estrada, o grupo está mais experiente, “tanto tecnicamente como artisticamente”, o que ajuda na produção musical. O mineiro conta que, hoje em dia, o meio musical está muito diferente. “A gente começou na chegada do CD e, de lá pra cá, tudo mudou. Estamos tendo que nos adaptar a tudo isso, com a internet, o Youtube, os players, até porque, hoje em dia, não se vende disco mais e sim, MP3”.
Mesmo com a forte concorrência, o vocalista conta que uma banda de pop rock oferece uma “experiência” e que isso não vai mudar. “Ali você vai cantar, dançar, extravasar, se divertir, se emocionar. E vai levar isso para o resto da sua vida. Então, eu acho que a gente ainda tem um diamante nas mãos”.
‘Há muito tempo a gente não fazia um disco com tanto prazer’, diz Flausino
Flausino contou à Reportagem que a produção do disco como um todo 'foi muito bacana'. “O CD todo foi feito em Belo Horizonte e finalizado na Califórnia. Fizemos todas as músicas como nos velhos tempos. Todos juntos. Entramos na sala, tocando, compondo e fazendo os grooves juntos. Foi um processo muito gostoso”.
No novo disco, há a presença de outros artistas como Projota, Anitta e Stuart Zender. Segundo ele, durante a finalização do trabalho, surgiu a ideia de convidar artistas de diversas áreas musicais, que pudessem complementar o disco.
“Eles tem experiência e a gente aprende demais. Refrigera nossas ideias, trazem novos olhares, novas perspectivas. Eles se encaixam nesse estilo do Jota, de fazer uma música dançante. Acho importante a gente fazer isso”, afirma.
Ele diz também que ‘Pancadélico’ não é o primeiro álbum a ter músicas com artistas convidados. “Fizemos isso em ‘Mandou Bem’ e rolou com uma naturalidade absurda. Em seguida fizemos também com ‘Dentro de um Abraço’, ‘Reggae Town’ e ‘Um dia para não se esquecer’ e funcionou”.
Seis milhões de visualizações no Youtube
O clipe da música ‘Blecaute’, em parceria com a cantora Anitta, lançado em novembro do ano passado, obteve mais de seis milhões de visualizações no Youtube, o maior número dentre os videoclipes da banda. Para Flausino, a sensação de ver os números subirem é de “que você fez a coisa certa”.
“Nós estávamos na finalização do disco, quando começamos a ouvir ‘Blecaute’ e pensávamos: ‘uma menina poderosa, chegando no baile, é a cara da Anitta. Vamos chamar ela? Vamos!’. Aí falamos com ela, mandei a música, ela adorou, aceitou, gravou o clipe com a gente. Foi lindo”. (Confira abaixo o clipe divulgado no canal oficial da banda do Youtube)
Shows em Santos, memória e o carinho pela cidade
A primeira apresentação da banda de ‘pop rock soul black music’ aconteceu em 1997. Já em 2015, eles voltaram à cidade, e tocaram para mais de 50 mil pessoas na praia. O músico relembra com carinho as passagens por Santos. “Foi um baita show. Inesquecível. Uma loucura mesmo. Santos é uma cidade que carrega no coração porque foram muitas passagens, muito importantes”.
Questionado sobre as mudanças do Jota de 97 para o de 2016, ele afirma: “Continuamos os mesmos cinco caras, talvez com uns quilos e cabelos brancos a mais, porém com a mesma formação, amigos e sonhadores”.
Sobre o show que acontece nesta noite, Flausino promete levantar o público. “É um show longo, com, no mínimo, duas horas de duração. No início tocamos músicas mais novas e à medida que ele vai rolando, vamos passando pela carreira toda do Jota. A galera vai sair satisfeita”.
O Jota Quest se apresenta hoje, a partir das 22 horas, no Mendes Convention Center, em Santos. Os ingressos custam entre R$ 50 e R$ 130.
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