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Cubatão

Músico da Sinfônica de Cubatão participa de concurso em Nova York

O trompista Marcelo da Silva pode ingressar na Shen Yun Orchestra, a Orquestra do Balé Chinês em NY. É um dos cinco finalistas do concurso

Da Reportagem

Publicado em 02/09/2016 às 21:00

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O músico explica que foram duas fases de eliminação / Alê Souza

Marcelo da Silva, trompista da Banda Sinfônica de Cubatão, embarca para Nova York nesta sexta-feira (2) representando o Brasil em um concurso internacional. Ele é um dos cinco finalistas escolhidos em todo o mundo, para integrar o naipe de trompa da Shen Yun Symphony Orchestra, grupo popularmente conhecido como Orquestra do Balé Chinês em Nova York. O concurso acontece no domingo (4), no teatro do Shen Yun.

“Já estive por duas vezes nos Estados Unidos para estudar. Por meio dos meus contatos lá, tive conhecimento desse concurso. De 120 pessoas inscritas, de vários países, fui um dos cinco escolhidos para a finalíssima. Estou muito feliz”, comenta Marcelo.

O músico explica que foram duas fases de eliminação: na primeira, análise de currículo; na segunda, os candidatos gravaram um vídeo de meia hora de duração, executando os temas solicitados pela banca. “Eram peças musicais de nível altíssimo, com arranjos que nos lembram a cultura chinesa. Até aqui, o desafio tem sido muito gratificante”, completa.

Para a cultura cubatense, a participação de Marcelo nesse concurso só reafirma a vocação artística da cidade, que não para de exportar talentos, desde sempre. “Temos músicos que já integraram o corpo da Sinfônica atuando na Europa e em grupos por todo o País; cantores que hoje estudam nos Estados Unidos, como o João Carlos Rocha, que esteve recentemente aqui na Baixada Santista; bailarinos como o André Santos que esteve na Alvin Ailey Company e na Broadway se especializando, além de muitos outros que hoje integram o melhor dos musicais brasileiros, como Laís Borges e Bárbara Guerra. Os Grupos Artísticos de Cubatão tem o dom de exportar bons profissionais”, afirma o maestro Roberto Farias, coordenador dos Grupos Artísticos de Cubatão, profissional conhecido em todo mundo por sua contribuição para a composição específica para formação sinfônica.

Terceira vez nos Estados Unidos – Esta não é a primeira vez que Marcelo pisa nos Estados Unidos. Em 2009 ganhou bolsa de estudos da Universidade de Louisiana e esteve seis meses por lá. Embora não tivesse formação acadêmica, seu talento extraordinário despertou em representantes da universidade norteamericana, o desejo de convidá-lo para estudar lá, o que lhe valeu uma carta-convite para aprender com Myron Bloom, um dos maiores trompistas dos últimos tempos. Em 2008, Marcelo estudou trilhas sonoras de filmes de Hollywood na Azusa Pacific University, em Los Angeles. Teve a oportunidade de acompanhar gravações de John Williams e de outros compositores da grande indústria cinematográfica dos Estados Unidos.

Nascido em Cubatão, Marcelo teve o primeiro contato com a música aos 7 anos de idade. Começou em fanfarras de colégio, tocando corneta e trompete. Na adolescência passou a ter aulas de música com Roberto Farias, Sidney Gomes e Olavo Belintani. Ainda jovem participou dos tempos áureos da Banda Musical de Cubatão e, posteriormente, Banda Sinfônica. Não frequentou faculdade, mas fez muitos cursos na Escola Municipal de Música de São Paulo Tom Jobim.

Ganhou por dois anos o Concurso Nacional de Música da Fundação Vitae e já integrou as Orquestras Sinfônicas de Santos, Ribeirão Preto, Estado de Goiás, Municipal de Goiânia, Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Do Estado de São Paulo. Também já foi músico convidado do Teatro Municipal de São Paulo para uma temporada de ópera, convidado da Osesp - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e foi regido pelo grande maestro Eleazar de Carvalho, em 1987. Além da Sinfônica, atua em projetos sociais como monitor do Programa Banda Escola – BEC, em Cubatão, e Instituto Bacarelli, na Capital. 

Mais sobre a ShenYun Orchestra - É uma das mais tradicionais orquestras-balé dos Estados Unidos. Combina o espírito da música chinesa com o poder da orquestra ocidental. As composições originais baseiam-se em cinco mil anos da cultura chinesa, sempre relembrando suas lendas e histórias fantásticas. “Nunca antes a beleza requintada das melodias chinesas e a grandeza da sinfonia ocidental foram tão perfeitamente combinadas”, diz o site oficial da Companhia, o www.shenyunperformingarts.org .

Apresentando-se em locais tradicionais da Big Apple como Lincoln Center e Carneggie Hall, a Shen Yun Orchestra é o sonho de muitos instrumentistas ao redor do planeta. “É uma orquestra que desafia os músicos com suas canções de alto impacto e alto nível de dificuldade. Seus concertos sempre atraem grandes plateias e é uma vitrine para qualquer profissional da Arte. Quero muito participar desse corpo artístico”, finaliza Marcelo da Silva.
 

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