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Cotidiano

Secovi-SP aponta que investir em imóveis na Região é um bom negócio

A Região Metropolitana da Baixada Santista deverá entrar em uma nova era de crescimento econômico e populacional, com o advento dos negócios do pré-sal e expansão do Porto de Santos, ao longo da década

Publicado em 15/01/2013 às 21:34

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Conseqüentemente, um dos setores que sentirá diretamente os reflexos desse desenvolvimento será o de imóveis. É o que estima o Sindicato da Habitação (Secovi-SP) na Baixada Santista.

Segundo o diretor regional do Secovi-SP na Baixada Santista, Domingos Augusto Nini de Oliveira, investir em imóveis volta a ser um grande investimento para quem quer comprar, vender ou alugar. O potencial imobiliário da Baixada e suas projeções serão apresentados nesta segunda-feira (20), em convenção do Secovi-SP, que acontecerá na Capital paulista, na sede do Sindicato.

Domingos explica que além dos empreendimentos previstos que mudarão o perfil industrial e portuário, a Região é privilegiada pela qualidade de vida que oferece. “A oferta de imóveis crescerá conforme a procura, com o crescimento populacional da Região Metropolitana ao longo da década”, afirma Domingos.

Segundo Domingos, os novos empreendimentos atrairão grandes construtoras para a Região, mas analisa que essas empresas não prejudicarão as construtoras locais. “Há mercado para todo mundo. E essas grandes empresas não vêm para ficar. Elas trabalham com vendas sobre a oferta. São vão aonde tem demanda e, por isso, são as primeiras a deixarem a região quando não há mais no que investir”, afirmou Domingos.

Os imóveis de Santos, que já estão valorizados, tendem a valorizar ainda mais com a baixa oferta em relação à procura, porque Santos está baseada em uma ilha e não tem mais para onde expandir. “Em Santos, para construir é preciso demolir outro imóvel”, afirma.

“O preço do metro quadrado em determinados municípios da região praticamente dobrou nos últimos anos”, avalia Domingos. A tendência natural de expansão imobiliária é Praia Grande, de acordo com Domingos. “A geografia da cidade permite a expansão de imóveis. É uma cidade estreita e cumprida com praias em toda a sua extensão. Tudo favorece a construção de imóveis.

Hoje Praia Grande é ocupada metade por veranistas e metade por moradores. Antes a proporção era de 20% de moradores para 80% de veranistas, mas com a migração de moradores de outras cidades da Baixada, Praia Grande deixou de ser cidade de segunda residência”.

Já o mercado imobiliário de Guarujá, uma das cidades com forte vocação turística, é visto com ressalvas. Domingos explica que as limitações de acesso do município não estimulam o interesse pela Pérola do Atlântico. No entanto pondera que a ponte estaiada Santos-Guarujá favorecerá a Ilha de Santo Amaro.

Litoral Sul

Hoje o mercado imobiliário das cidades do Litoral Sul — Peruíbe, Itanhaém e Mongaguá — está estagnado. Elas ainda preservam as características de cidades-dormitório, ou como Domingos as classifica: cidades de segunda residência.

No entanto, Domingos estima que a cidade de Itanhaém deverá desenvolver seu potencial imobiliário em médio prazo, estimulado pela cadeia produtiva do pré-sal. Itanhaém possui um aeroporto, que hoje atende à plataforma de Merluza, da Petrobras, localizada a cerca de 200 quilômetros da costa.

Perguntado sobre o que seria médio prazo, Domingos estima que o fortalecimento do mercado imobiliário do Litoral Sul poderá ocorrer em pelo menos dez anos.

Financiamentos

Domingos afirma que o mercado imobiliário vem sendo retomado há dez anos com a reformulação da legislação, após um longo período de estagnação que se instalou na década de 1990. Neste período, a mudança de perfil industrial e portuário com a dispensa em massa de trabalhadores da Cosipa e do Porto de Santos, enfraqueceu consideravelmente o setor imobiliário.

“Houve uma queda do poder aquisitivo da população. Além disso, os programas de incentivo às demissões durante a transição da Cosipa para Usiminas e também no Porto de Santos afetaram o mercado imobiliário”.

Porém, os negócios voltaram a crescer no início da década de 2000 com a instituição da alienação fiduciária cujo contrato prevê o bem do comprador como garantia e a instituição do patrimônio de afetação, que prevê a segregação de cada empreendimento de uma empresa.

Com a nova legislação, oferecer linhas de crédito para imóveis tornou-se um bom negócio para os bancos. Além disso, os financiamentos de imóveis em até 30 anos, com taxas de juros variando entre 8% a 10% aqueceram a aquisição da casa própria, no final da década.

Domingos aponta que os bancos praticam taxas em torno de 10% ao ano e Caixa Econômica Federal, 8%. Essas taxas, segundo ele, estão abaixo da taxa de juros prevista para financiamento que é de 12% ao ano. “Com isso o mutuário é que sai ganhando. Hoje há oportunidades para todas as faixas de renda”.

Mercado de locação

Os negócios do pré-sal deverão gerar demanda para o mercado de locação. “Há profissionais como engenheiros e técnicos da Petrobras, que têm família em outras cidades e estão de passagem. Ficam cerca de três anos na região. Então, esse é o filão interessado em aluguel e não em compra de imóvel. O aluguel também volta a ser uma opção de reserva de valores interessante”, conclui.

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