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Cotidiano

Retrospectiva 2016: DL relembra os principais acontecimentos do ano

Neste ano, a Baixada Santista foi novamente testemunha de um acidente no Porto que expôs a fragilidade da região

Rafaella Martinez

Publicado em 31/12/2016 às 08:00

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Um vazamento do gás tóxico atingiu o pátio de cargas do terminal alfandegado da Localfrio / Daniela Origuela/DL

Problemas antigos dão o tom de 2016 na Baixada Santista

Acidentes e problemas recorrentes que ainda estão longe de ter uma solução. Em 2016, a Baixada Santista foi novamente testemunha de um acidente no Porto que expôs a fragilidade da região: quatro cidades foram impactadas com o vazamento de um gás tóxico da Localfrio.

Greves e protestos do funcionalismo público em virtude de atrasos e falta de pagamento também marcaram o ano em Cubatão e São Vicente. Parte das cidades da região também ficaram sem coleta de lixo.

Crimes bárbaros marcaram o noticiário. Em um mega-assalto no bairro do Macuco, em Santos, criminosos roubaram uma empresa de valores e deixaram três pessoas mortas.

Em um ano marcado por eleições municipais, a Baixada Santista se transformou em um dos principais redutos tucanos de São Paulo: dos nove prefeitos eleitos, sete são do PSDB.

Quase dois anos após ser eleita com 54,5 milhões de votos, a presidente Dilma Rousseff (PT) teve o seu mandato cassado (Foto: Fotos Públicas)

Impeachment, crise política e prisões são destaques do ano

Em uma das mais graves crises políticas da história, o Brasil testemunhou o segundo impeachment de um presidente da república em 24 anos e viu líderes da Câmara e do Senado suspeitos de corrupção.

Após o mais longo processo da história da Câmara, Eduardo Cunha foi afastado pelo Supremo e renunciou à presidência meses depois. Em 19 de outubro o político foi preso.

No Rio, dois ex-governadores tiveram a prisão decretada: Anthony Garotinho foi preso preventivamente nas investigações da Operação Chequinho, que apura o uso do programa social Cheque Cidadão para compra de votos na cidade em 2016. Ele foi liberado dias depois.

Já Sérgio Cabral foi preso pela Lava Jato, acusado de liderar grupo que desviou mais de R$ 220 milhões em contratos de obras com diversas empreiteiras.

O pedido de demissão do ministro de Cultura Marcelo Calero provocou uma crise no governo Temer em novembro.

Em tempo de crise econômica, o Brasil atingiu o nível recorde de desemprego: quase 12% da população economicamente ativa esta desempregada no país. As incertezas econômicas também tiveram impacto no custo de vida das famílias.

Quase 20 anos após a sua morte, Madre Teresa de Calcutá foi transformada em santa pela Igreja Católica após um milagre na recuperação de um santista.

Organizados em sua maioria pelo Estado Islâmico, os ataques de 2016 colocaram o Europa em alerta (Foto: Associated Press)

Crise dos refugiados, mortes e terrorismo no mundo

Marcado por conflitos e pelos desdobramentos da maior crise migratória desde a segunda guerra mundial, 2016 também foi o ano em que, após diversas tentativas, o governo colombiano assinou um acordo de paz com a maior guerrilha da América Latina. Ainda na América do Sul, a crise na Venezuela alcançou patamares preocupantes.

Nos Estados Unidos, o republicano Donald Trump venceu as eleições presidenciais e ocupará em 2017 um dos cargos mais importantes do mundo. O país também foi cenário, em junho, para o pior massacre desde o 11 de setembro: um atirador invadiu uma boate gay e matou mais de 50 pessoas.

Na Europa, atentados terroristas na França, Bélgica e na Alemanha marcaram o ano. Em dezembro o primeiro ministro da Turquia foi assassinado por um policial turco que disse agir como vingança pela tragédia da cidade de Aleppo.

Em 2016, a foto de uma criança Síria ferida após um ataque aéreo mostrou para o mundo o horror de uma guerra que assola o país desde 2011. Milhares perderam a vida nos conflitos.

O ano de 2016 também foi marcado por desastres naturais que causaram mortes e devastação em várias regiões do planeta. Terremotos causaram destruição no Equador, Itália, Nova Zelândia, Japão e na Ilha de Sumatra.

Já o furacão Matthew provocou um rastro de destruição no Caribe e nos Estados Unidos, durando mais de 10 dias. No Haiti, país mais devastado, mais de mil pessoas morreram.

Neste ano o Reino Unido decidiu em referendo, por mais de 1,2 milhão de votos de diferença, deixar a União Europeia (UE). A decisão histórica pode mudar a geopolítica mundial nas próximas décadas e culminou com a queda do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

O líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, morreu aos 90 anos no dia 25 de novembro (Foto: Associated Press)

De Arns a Fidel: mundo perde ícones de gerações

Ao longo de 2016 diversas figuras importantes do cenário artístico, político e cultural morreram.

Em janeiro o estilista francês André Courrèges, símbolo da revolução da moda dos anos 1960, morreu em Paris. Ele tinha Parkinson há 30 anos.

Em fevereiro o ex-secretário-geral das Nações Unidas Boutros Boutros-Ghali, que esteve à frente do organismo mundial entre 1992 e 1996, morreu, aos 93 anos.

O percussionista Naná Vasconcelos teve uma parada cardíaca em março e faleceu aos 71 anos, vítima de um câncer.

Cauby Peixoto morreu na noite do dia 15 de maio de 2016, aos 85 anos, em São Paulo. O cantor estava internado devido a uma pneumonia. No mesmo mês também partiu Mário Sérgio, vocalista do grupo Fundo de Quintal, aos 58 anos.

A atriz Elke Maravilha faleceu em agosto, aos 71 anos, quase um mês após ser internada para tratar uma úlcera. No mesmo mês o cirurgião plástico Ivo Pitanguy partiu aos 93 anos.

Em outubro, o escritor italiano e Nobel de Literatura Dario Fo morreu, em decorrência de uma doença respiratória aos 90 anos.

John Glenn, o primeiro astronauta norte-americano a entrar em órbita da terra morreu no dia 8 de dezembro, aos 95 anos.

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