25 de Abril de 2024 • 10:41
Ao todo, estado possui 51 unidades do Bom Prato / Matheus Tagé/DL
Entidades responsáveis por administrar restaurantes do Bom Prato, programa estadual que oferece refeições a R$ 1, ameaçam encerrar as atividades em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em uma carta-manifesto com 20 assinaturas, um grupo de gestores afirma que está à beira de um “colapso financeiro” e oferece “alimentação de qualidade inferior ao padrão”, por falta de recurso.
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) diz que não vai haver reajuste para os consumidores e sugere que as unidades troquem os itens mais caros do cardápio. “Se o feijão mulatinho está caro, comprem feijão preto”, afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro.
Atualmente, há 51 unidades do Bom Prato no Estado, destinadas a pessoas de baixa renda, com almoço a R$ 1 e café da manhã por R$ 0,50. Elas são administradas por 41 entidades, que firmam contrato com o governo estadual por meio de convênio. A última unidade foi inaugurada em Santos, na semana passada.
Além do valor pago pelos consumidores, as entidades recebem subsídio do governo de R$ 3,81 por almoço e de R$ 1,03 por café da manhã. Os 83 mil pratos vendidos diariamente custam aos cofres públicos cerca de R$ 283,5 mil - ou aproximadamente R$ 74 milhões por ano, considerando apenas os dias úteis.
Na carta entregue à Secretaria de Desenvolvimento Social, em abril, os gestores afirmam que o subsídio não é suficiente para suportar a operação dos restaurantes e dizem que serão “obrigados” a encerrar as atividades “em um curto período de tempo”, caso não haja reajuste.
De acordo com as entidades, a defasagem acumulada desde 2006 é de 34,15% no custo do almoço e de 17,99% no café da manhã. A recente alta dos alimentos - a exemplo do feijão, com inflação de 106,34% nos últimos 12 meses - teria tornado a situação ainda pior.
Na Baixada Santista existem seis unidades do Bom Prato. Em Santos, além do restaurante recém-inaugurado, no morro do São Bento, existem unidades na Praça Iguatemi Martins, na Vila Nova e na Avenida Nossa Senhora de Fátima, no Chico de Paula.
Questionada sobre a situação, a Prefeitura de Santos informou que o presidente da Associação de Promoção e Assistência Social Estrela do Mar (Apasem), padre Valdeci João dos Santos, responsável pelo gerenciamento dos três restaurantes Bom Prato instalados na cidade, afirmou que o protesto das entidades não inclui Santos. Isto porque Santos arca com as despesas de água, luz, aluguel, além da manutenção do imóvel, o que não acontece na maioria dos restaurantes Bom Prato em todo Estado. Dessa forma, não existe risco de fechamento dos restaurantes.
Já em Guarujá, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social disse não tem conhecimento desta reclamação por parte da unidade da Cidade. A Prefeitura faz parte do repasse ao Ministério Evangélico Palavra de Vida, órgão que gerencia a unidade guarujaense, juntamente com o Governo Estadual.
Guarujá possui outros dois restaurantes populares, um no Santo Antonio e outro na Vila Baiana. O primeiro está em reforma, enquanto o outro funciona normalmente.
O DL procurou a Prefeitura de São Vicente, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.
Itanhaém
Além disso, R$ 3.480,00 também foram recuperados
Guarujá
Convites já estão à venda a R$ 10 e um quilo de alimento não perecível; evento faz parte do Calendário Oficial da Cidade