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Cotidiano

'Nosso candidato é o presidente Lula'

A afirmação é do vereador e ex-senador Eduardo Suplicy (PT) concedeu uma breve entrevista ao Diário

Carlos Ratton

Publicado em 07/05/2018 às 09:03

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Eduardo Suplicy é pré-candidato ao senado pelo PT / Rodrigo Montaldi/DL

Presente à homenagem póstuma de entrega da Medalha de Honra ao Mérito Braz Cubas ao professor e economista Paul Singer, pela vereadora Telma de Souza (PT), na última sexta-feira (4), na Câmara de Santos, o vereador e ex-senador Eduardo Suplicy (PT) concedeu uma breve entrevista ao Diário. Confira os principais trechos.

Diário – O senhor só conseguiu entregar as três mil cartas ao ex-presidente Lula por intermédio dos filhos dele. 
Eduardo Suplicy –
Eu tentei entregar pessoalmente na quinta-feira da semana passada e fui impedido. A Lurian (filha de Lula) conseguiu que as correspondências chegassem às suas mãos, inclusive a que eu li aqui na Câmara, muito emocionada, dos oito descendentes de Mário Pedrosa, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT).

Diário – Como o senhor avalia esse impedimento?
Suplicy –
Eu mostrei para a juíza as regras de Nelson Mandela (falecido em 5 de dezembro de 2013, foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e pai da moderna nação sul-africana), que resultou no empenho de diversos países da ONU (Organização das Nações Unidas) e do Brasil, que estabeleceram as regras que devem ser submetidos os prisioneiros.

Diário – Qual a síntese delas?
Suplicy –
Que os prisioneiros devem ter o direito de receber a visita de parentes e amigos. Eu estranhei que, no caso de Lula, isso não vem sendo realizado. Eu falei que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana, cujos 30 artigos estão, em grande parte, no artigo quinto da Constituição Brasileira, que deveria estar também sendo respeitada pela Justiça.

Diário – Obvio que não houve convencimento?
Suplicy –
Ela (juíza) me disse que eu poderia recorrer. Eu estou tentando fazer isso por intermédio da advogada do PT de Curitiba, para ver se ainda consigo ter o direito de visitar o Lula.

Diário – O senhor tem contato com a família. Como ele está?
Suplicy –
Com muita força interna e confiante de que terá, perante a Justiça, a oportunidade de comprovar sua inocência e poder ser candidato à Presidência da República.
Diário – O PT ainda tem esperança disso?
Suplicy – Com certeza, tem sim. 

Diário – Caso isso não ocorra, há uma outra alternativa, um plano B?
Suplicy –
O PT tem muitos valores, mas avalia que até haja uma decisão final, o candidato é Lula. Portanto, não estamos discutindo quem poderá, eventualmente, substituí-lo. Nosso candidato é o presidente Lula.

Diário- Fala-se em Ciro/Haddad (presidente e vice). Pode ser?
Suplicy –
Por enquanto, nosso candidato é o presidente Lula.

Diário – Como o senhor avalia a situação política do Brasil?
Suplicy –
Os partidos progressistas – PT, PC do B, PSOL, PSB e PDT – podem avançar muito e ter um programa comum. Esforços nessa direção estão sendo feitos. Com relação ao PT, o Fernando Haddad foi designado para ser o coordenador do programa de governo do presidente Lula e ele tem feito reuniões com representantes desses partidos que citei, justamente para verificar alguns pontos em comum, dentre os quais, a renda básica de cidadania, universal e condicional para todos os brasileiros e brasileiras. 

Diário – O senhor acredita que há uma seletividade na Lava-Jato?
Suplicy –
Ficou evidente que há um maior rigor com respeito aos membros do PT e, em especial, ao ex-presidente Lula, do que em relação a ­políticos de outros partidos, que foram denunciados, mas não vimos o juiz Sérgio Moro ser tão rigoroso. Lula foi ­julgado e preso sem ter ­havido provas contundentes de atos de enriquecimento ilícito.

Diário – No dia da prisão, houve informação que ele poderia pedir asilo político e sair do país. O senhor ­estava lá com ele. Isso ­ocorreu?
Suplicy –
Ele não pensou nisso. Achou melhor obedecer a Justiça e ser detido. Depois, lutar pela possibilidade de ser julgado e inocentado. 

Diário – Aqui em São ­Paulo, o senhor acredita, num segundo turno, o PT apoiar Márcio França?
Suplicy –
Nós pretendemos ganhar a eleição com o Luiz Marinho (pré-candidato ao PT para o Governo do Estado). Você sabe que o PT, sábado passado, por consenso, indicou meu nome como pré-­candidato ao Senado. Então, vamos à batalha. Se acreditarem que eu mereço mais essa chance, essa confiança, eu agradeço.

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