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Autoridades fiscalizaram o navio de bandeira do Chipre que estava na Barra de Santos, na tarde de ontem / Divulgação/Ibama

As autoridades federais já tem um navio suspeito de provocar o derramamento de produto químico na Barra de Santos. O Ibama, a Marinha, a Receita Federal, a Codesp e a Polícia Federal estão empenhadas na resposnabilização dos autores.

Um navio que aguardava há 20 dias para atracar no Porto de Santos e que vinha de um desembarque de fertilizantes na região do Nordeste foi vistoriado ontem à tarde. Dos cinco porões da embarcação,  dois estavam limpos, aumentando a suspeita que tenham sido “lavados” em alto-mar.

Na segunda-feira, o Ibama deve abrir um processo e uma multa deve ser aplicada. A mancha tem uma área equivalente a mais de 200 campos de futebol entre quatro cidades do litoral.

A mancha foi localizado na linha d’água, na última quinta-feira, por uma equipe da Receita Federal durante patrulhamento marítimo nos fundeadouros - local onde os navios aguardam para acessar o cais. Houve o alerta ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que mobilizou a Marinha e a Polícia Federal.

Pela manhã, as equipes descartaram a possibilidade de um fenômeno natural ao constatar que havia material particulado, ainda não identificado, além de odor característico na água. Amostras foram colhidas para identificar o real teor poluente da substância, assim como a possível procedência dela.

Porão

“Desconfiamos que se trata descarte de resíduos de porão de navio. Se confirmado, isso é um caso grave de crime, que pode acarretar grandes multas aos responsáveis”, declarou a agente ambiental Federal Ana Angélica Alabarce, responsável pelo núcleo de emergências do Ibama no litoral paulista, antes da fiscalização.

Segundo Ana Angélica, as equipes levaram cerca de 10 minutos, em baixa velocidade no mar, para atravessar a mancha, a quase 10 quilômetros das praias da região. Pelas coordenadas registradas, estima-se que o material tenha se espalhado por área aproximada de dois quilômetros quadrados entre as cidades de Guarujá, Santos, São Vicente e Praia Grande.

A embarcação, de bandeira da República de Chipre, suspeita da contaminação atracou no Porto de Santos na tarde de ontem, no armazém 23.

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