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Cotidiano

Morre Marivaldo Aggio, ex-presidente da Câmara de Santos

O velório será realizado a partir das 9 horas, na Santa Casa de Santos. O enterro está marcado para às 15h30, no Cemitério da Filosofia, no bairro do Saboó

Da Reportagem

Publicado em 20/08/2017 às 00:55

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Marivaldo Aggio foi presidente da Câmara de Santos durante o biênio 1997/1998 / Divulgação

O ex-vereador Marivaldo Aggio morreu ontem, no início da noite, aos 78 anos. O advogado foi presidente da Câmara de Santos durante o biênio 1997/1998.

O velório será realizado a partir das 9 horas, na Santa Casa de Santos. O enterro está marcado para às 15h30, no Cemitério da Filosofia, no bairro do Saboó.

Nascido em 19 de março de 1939, Aggio formou-se em Direito e trabalhou no Poder Judiciário até 1984. Em 1988, lançou-se como candidato a vereador pelo PSDB, ficando em 3º lugar entre os candidatos do partido. Assumiu como primeiro suplente em 1990, quando Beto Mansur foi eleito deputado federal.

Nas eleições de 1992 também ficou como primeiro suplente, assumindo o lugar de Edmur Mesquita quando este foi nomeado Secretário Municipal da Cultura.

Em 1996, foi eleito na coligação PSDB-PTB. Ainda no primeiro ano da legislatura, transferiu-se para o PL, e pouco depois para o PP. Tentou se eleger vereador novamente em 2000, pelo PPB, tendo recebido 1.470, e terminando como o pleito como suplente.

Eleição conturbada

A presidência de Marivaldo Aggio na Câmara foi marcada pelos bastidores de sua eleição para comandar a Mesa Diretora. Vereador mais votado naquele pleito, José Lascane (PSDB) tinha uma chapa, composta por 11 vereadores e registrada em cartório, para ser o presidente. No entanto, Aggio teria tramado na madrugada da posse para se eleger no lugar do colega.

“Eu tinha uma chapa inscrita com 11 vereadores registrados em cartório, mas na madrugada do dia 31 para o dia 1º eu soube que um vereador iria me trair e sabia quem era. Às 4h30, do dia 31 para o dia 1º, eu e mais três vereadores fomos a casa dele. Fomos recebidos pela esposa e por uma filha. Ao entrar, tinha um carro na garagem. Eu coloquei a mão no carro e ainda estava quente. Ele tinha acabado de chegar. Mas a esposa e a filha disseram que não, que ele tinha bebido muito e já estava dormindo. Que não tinha nenhum problema. Mas eu sabia que tinha e os outros três vereadores não acreditavam que ele pudesse fazer isso publicamente, com voto aberto, com assinatura. Ficamos lá até 6 horas. Eu não dormi, às 9h30 liguei para a casa dele e disseram que ele tinha ido comprar um jornal. Liguei às 10 horas e ele ainda não tinha comprado o jornal. Pedi para um assessor ficar com um carro parado a uns 30 metros da casa dele. Quando foi 11 horas, parou um veículo, ele desceu de chinelo, bermuda, com a camisa na mão, entrou correndo no carro e saiu em alta velocidade. Meu assessor tentou acompanhar, mas não conseguiu”, relatou Lascane, em matéria publicada no dia 25 de dezembro de 2016, pelo Diário do Litoral.

“Depois nós soubemos que ele se escondeu num clube de bochas na Avenida Francisco Glicério, onde tinha o posto da PM, e à tarde ele se escondeu num escritório na Praça Mauá, que estava completamente vazia, dia 1º de janeiro. Ficou escondido lá, mas não sabíamos desses dois locais. Quando faltavam 10 minutos para começar a sessão, ele entrou em plenário”, prosseguiu o tucano.

"Entraram as duas chapas, as duas com onze, mas só tinham 21 vereadores. Falei que alguém deveria ter se equivocado, mas que tinha 22 assinaturas. Alguém teria que ir e retirar a assinatura de uma delas. Eu já tinha visto o nome dele. Ele levantou e disse que era dele. Eu falei que não iria riscar, ele que riscasse. Ele riscou", finalizou Lascane.

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