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Cotidiano

Luiz Maurício coloca saúde e turismo como áreas prioritárias

Prefeito de Peruíbe se comprometeu a reabrir maternidade ainda este ano e usar turismo para impulsionar economia

Publicado em 02/01/2017 às 10:50

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Luiz Maurício (PSDB) já definiu as prioridades de sua gestão: saúde e turismo / Rodrigo Montaldi/DL

Primeiro político a quebrar a sequência das famílias Bargieri e Preto no comando do Executivo de Peruíbe, Luiz Maurício (PSDB) já definiu as prioridades de sua gestão: saúde e turismo.

Na primeira, o novo chefe do Executivo tem como principal proposta a reabertura da maternidade municipal, fechada há mais de dois anos. Já o turismo será utilizado como mola propulsora para a economia e geração de empregos.

Outro compromisso do tucano é publicar um decreto que determinará a renegociação da dívida herdada que gira em torno de R$ 40 milhões, além da revisão de contratos com fornecedores e prestadores de serviço, o que deve reduzir o valor dos contratos em até 20%.

Isso sem contar com atitudes tomadas em conjunto com a Administração anterior, ainda durante a fase de transição, como a redução de cargos comissionados e a criação da Secretaria Municipal de Comércio, Indústria e Emprego.

O Diário do Litoral entrevistou o novo prefeito de Peruíbe para falar sobre as expectativas quanto a gestão. Confira:

Diário do Litoral - Quais são as áreas de maior urgência nos primeiros meses de mandato?

Luiz Maurício - Com certeza, a área da Saúde. Encarar o desafio de reabrir a maternidade, que está fechada há mais de dois anos. Acelerar a construção do novo hospital. Mas a saúde é o ponto principal no início do governo. Além disso, aplicar na geração de emprego, ver a questão do turismo que é a nossa maior vocação. Turismo precisa ser incentivado na cidade para que traga realmente os benefícios a toda a população, seja na questão do turista vindo para a cidade, como também nos efeitos diretos disso como geração de emprego, aceleração da economia e por aí vai.

DL – O senhor teve como promessa reabrir a maternidade nos seis primeiros meses de gestão. Será possível cumprir a promessa?

Maurício - Estamos lutando para que isso ocorra. Na verdade, a expectativa era que a antiga Administração fizesse o procedimento licitatório já em 2016 para que, em janeiro, iniciássemos a obra. Só que isso não ocorreu por uma falha na questão da planilha da licitação. Nesta primeira semana irei lançar o procedimento licitatório. Vamos acelerar isso para tentar cumprir com o compromisso. Com certeza, o compromisso será cumprido, seja em junho, julho ou agosto. Mas, com certeza, a população verá a reforma e a hora de voltar a funcionar a maternidade chegando.

DL – Quais serão as primeiras medidas tomadas à frente do governo?

Maurício - Vamos publicar um decreto no dia 2 de janeiro que vai determinar a renegociação da dívida que está sendo herdada, que supera os R$ 40 milhões. E a revisão dos contratos com fornecedores e prestadores de serviço, com uma intenção de reduzir de 15% a 20% o valor dos contratos com a Prefeitura.

DL – Foi criada, em parceria com a gestão anterior, a Secretaria Municipal de Comércio, Indústria e Emprego. Qual será a função dela?

Maurício - Foco principal é a geração de emprego. Mas para gerar emprego a cidade precisa ter as indústrias, o empresariado sentindo confiança na Administração e recebendo políticas públicas de fortalecimento. Temos uma relação muito boa com a Associação Comercial e a visamos atrair empresas para a cidade, fortalecer o comércio local para que a cidade gere emprego. Devemos criar um espaço para essa secretaria que vai agregar não só a parte estrutural da secretaria, como também o posto do micro e pequeno empreendedor, o Sebrae deve ter um local próximo, Banco do Povo, Procon. A ideia é que a gente uma todos esses serviços num único espaço físico para que a população usufrua destes serviços.

DL - Peruíbe teve um dos maiores reajustes de IPTU da região...

Maurício - O percentual do reajuste foi proporcional. Apesar de ter sido o maior, a diferença para os outros não foi tão grande. Foi uma atitude unilateral da última Administração. Um decreto que não passou pela Câmara, uma decisão tomada. Não tem como rever. Em contrapartida, isso ajudará muito na questão do nosso governo. A cidade passa por uma crise financeira muito grande. É necessário termos responsabilidade nessas ações. Não tem como falar que não vamos dar aumento de IPTU. A cidade precisa da arrecadação. Vamos ter algumas ações para mostrar à população a importância de efetuar o pagamento dos impostos em dia para que possamos reconstruir a cidade.

DL - A última Administração enfrentou uma série de protestos nos últimos meses. Houve o corte na energia elétrica do Paço, problemas com o lixo e manifestação de moradores de Barra do Una. Como o senhor acompanhou essas situações?

Maurício - Com relação a dívida que está sendo herdada, a Elektro, a empresa de limpeza e outras empresas vão fazer parte dessas medidas que eu já citei. Vamos fazer parcelamento da dívida. Vamos pagar, mas com responsabilidade para não afetar nosso orçamento de 2017. Com relação a estrada da Barra do Una, é evidente a necessidade da manutenção da via e isso é cobrado há muito tempo, inclusive por mim na Câmara. É uma situação que, com certeza, não vai dar pra ser resolvida hoje. Estive no Ministério Público conversando com os promotores e pedindo bom senso por parte do MP, da população, do Judiciário porque o momento que a gente assume a cidade é crítico. Esses desafios serão enfrentados e vamos solucionar esses problemas pontualmente. Com uma solução definitiva e não paliativa, onde na primeira chuva comece o problema novamente. Vamos enfrentar a questão da estrada fazendo licenciamento ambiental onde for preciso, em parceria com o Governo do Estado. Muito importante essa parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, com a Fundação Florestal para que isso acabe acontecendo.

DL - Outro problema foi a questão do aterro sanitário. Foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta junto ao Ministério Público, que não está sendo cumprido. Como solucionar as pendências?

Maurício - Um dos problemas que tem que ser enfrentados. Nós temos uma situação diferenciada de toda região porque nós temos uma área onde pode receber o aterro. Nossa Administração vai agir com responsabilidade para evitar que venha a necessidade do transbordo. O processo de regularização da nova área é o projeto de encerramento do atual aterro serão encarados como uma das prioridades do nosso governo. Seja com o cumprimento do TAC, a contratação da equipe técnica e dos estudos necessários para encarar esse desafio, e solucionar de uma vez por todas, isso será feito já nos primeiros dias de governo. Tudo com uma relação muito próxima com a Cetesb e com o Gaema.

DL - Assim como todos os prefeitos da região, o senhor assume a cidade em período de alta temporada. Peruíbe está preparada?

Maurício - A cidade vai estar preparada para receber o turista. Vamos estar com os pontos turísticos funcionando, a cidade vai estar limpa, organizada, vai ter policiamento, vai ter segurança. Esse é o primeiro ponto. O turista que quiser visitar Peruíbe e quiser permanecer vai ser muito bem recebido e a população vai os acolher de uma maneira bastante receptiva. Com relação a uma estruturação maior, não vai ser feito num primeiro momento. A cidade passa por uma grande dificuldade, a gente não pode inverter prioridades. Enquanto a gente não tiver colocado a casa em ordem, eu não tenho como fazer uma programação de verão, algo que seja chamativo. Vamos reinventar essa história, fazer uma coisa bastante realista com as nossas possibilidades. Vamos usar muito os artistas regionais e locais em eventos que não sejam tão custosos, ou que consigamos algumas parcerias e patrocínios, que é o que buscamos. Essa programação deve ser lançada nessa primeira semana.

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