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Cotidiano

Jornalista Francisco Aloise ganha pela segunda vez Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo

Série de reportagens sobre o navio-prisão Raul Soares foi publicada no Diário do Litoral e transformada em livro-reportagem. Cerimônia ocorre na próxima segunda em Porto Alegre

Da Reportagem

Publicado em 04/12/2018 às 16:20

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Francisco Aloise ganhou pela segunda vez o Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo / Arquivo/DL

A série de reportagens sobre as prisões de sindicalistas no navio-prisão Raul Soares, publicadas no Diário do Litoral pelo jornalista Francisco Aloise e transformada em livro-reportagem, foi uma das vencedoras, pela segunda vez consecutiva, do Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo, promovido pelo Movimento Justiça e Direitos Humanos (MJDH) do Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre.

As reportagens relatam as prisões, dramas e torturas de sindicalistas e políticos nos calabouços do navio-prisão, durante a ditadura militar, em 1964, e a incessante busca da verdade pelos presos sobreviventes daquela época e seus familiares.

O 35º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo foi promovido pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), com sede em Porto Alegre/RS. Neste ano o tema  foi:  As Fakes News Mudam Também a Sua História.

O livro-reportagem de Francisco Aloise teve como título: Fake News, O Diário de Bordo Invisível da Repressão e disputou o prêmio na categoria Grande Reportagem.  O trabalho jornalístico recebeu Menção Honrosa dos jurados que, ao todo, tiveram que analisar 209 reportagens inscritas. Em 2017, o jornalista santista também foi um os vencedores da premiação com o livro-reportagem: Cárcere Flutuante, Verdade Ainda Submersa.

Além de Francisco Aloise, também foram premiados, na categoria Grande Reportagem, os jornalistas Diana Brito com a reportagem Rio sem Lei, Cristina Tardáguila, com a reportagem Você foi Enganado e Moriti Neto com a reportagem Roucos e Sufocados.

Nas reportagens de televisão, os quatro prêmios foram para reportagem sobre Fake News veiculadas na TV Brasil (Brasília), Record (São Paulo), TV RBS (Porto Alegre) e SBT (RS). Houve também premiações para reportagens publicadas em jornais impressos, no online,  em rádios e revistas semanais.

Surpreso com o prêmio, que ocorre pela segunda vez consecutiva, o jornalista diz que o tema sobre Fakes News, tão atual hoje, foi de encontro ao novo conteúdo da nova edição do livro-reportagem lançado neste ano. “Estou surpreso porque esta história ocorreu há 54 anos, mas traz até hoje reflexos e sequelas nos familiares dos prisioneiros que ao serem entrevistados sempre relataram que boatos e mentiras espalhadas no convés do navio Raul Soares, serviam de tortura psicológica, ou seja: uma Fake News à moda antiga em pleno ano de 1964. Uma delas era de que o navio seria levado para alto mar durante a madrugada e lá afundado com todos a bordo”.

A entrega do prêmio ocorre na próxima segunda-feira, dia 10, data em que se comemora os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. A cerimônia será em Porto Alegre na sede da OAB/RS.

Filme

O livro-reportagem Cárcere Flutuante também está sendo base para projeto de um filme de longa metragem que será rodado em Santos, em 2019, com lançamento previsto para 2020.

Na OIT

Outro projeto próximo de ser concluído é a tradução do livro-reportagem para três idiomas (inglês, francês e espanhol) para lançamento  na solenidade do centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, na Suiça.

O jornalista Francisco Aloise trabalhou nos três jornais diários da cidade - Cidade de Santos, A Tribuna e Diário do Litoral. Ao longo de sua carreira recebeu outros prêmios de jornalismo com destaque para dois prêmios Saturnino de Brito, na década de 80. É credenciado no Comitê de Imprensa da Câmara Federal e se especializou na reportagem sindical, trabalhista e previdenciária.

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