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Cotidiano

Facult proporcionará diversas manifestações culturais

Ao todo, foram inscritas 166 produções artísticas; o valor destinado para os 30 mais bem avaliados foi R$ 12 mil

Rafaella Martinez

Publicado em 04/12/2016 às 08:00

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Secult selecionou 30 projetos das áreas de teatro, música, dança, literatura, histórias em quadrinhos, artes visuais, audiovisual, artes integradas e cultura negra / Rodrigo Montaldi/DL

Mais de três meses depois da publicação dos selecionados e trinta dias após a assinatura do contrato, parte dos contemplados no 5º Concurso de Apoio a Projetos Culturais Independentes recebeu, na última semana, a primeira parcela do valor do prêmio. O depósito da Administração é o pontapé inicial para o desenvolvimento das atividades culturais que circularão por Santos em 2017. Ao todo, foram inscritas 166 produções artísticas. Os valores para os 30 mais bem avaliados foram de R$ 10 para R$ 12 mil.

O espetáculo ‘Ègbé- Da escravidão à cidadania’ apresentará a obra de Quintino de Lacerda com teatro, teatro épico e hip hop. As sessões acontecerão na Praça Iguatemi, Morro da Nova Cintra e Centro Cultural de Zona Noroeste.
“A preço de banana – pelas feiras do Brasil” é um projeto de produção e circulação de um espetáculo cênico-musical que será apresentado ao ar livre, nas feiras de Santos­.

‘Sleep Mode’ é um monólogo que fala sobre a dificuldade de se ‘desconectar’ nos dias modernos. “O ator está em cena e faz uma série de ações em que ele tenta buscar o sono, mas nunca consegue, pois está sempre em estado de prontidão. O nome tem relação com os equipamentos eletrônicos que estão o tempo todo preparados para serem ligados a qualquer instante. Nossa pesquisa é experimental e a proposta é de uma peça solta e sensorial em alguns momentos”, aponta o proponente Dario Félix.

A tradicional Trupe Olho da Rua circulará em diversos bairros com os espetáculos ‘Blitz – o império que nunca dorme’, ‘Arrumadinho’ e ‘Bufonarias’­.

Na literatura, ‘Mar Selvagem’ trata da relação entre a poesia de Vicente de Carvalho e poética de escritores contemporâneos, traçando um panorama da literatura contemporânea caiçara e revelando um processo de ressignificação das identidades culturais indígena, europeia e africana, matrizes da formação cultural do povo brasileiro­.

‘De caniço e samburá’ será um livro de ensaios sobre literatura e questões relacionadas à cultura, publicações, mercado editorial e poesia. Para o escritor, Ademir Demarchi, o Facult tem sido fundamental para seu trabalho e para a circulação de projetos literários. “A cada prêmio giro por escolas e espaços culturais locais e pelo país”, aponta.

Buscando realizar um resgate histórico de algumas gerações de artistas da dança santistas, documentar as experiências vividas, o sentido e o significado dos desafios enfrentados e das descobertas durante o processo de criação do espetáculo, valorizando o fazer artístico a partir do relato desse encontro de gerações, surge o projeto do livro “Santos de frente para o mundo: a história que dança”, o qual trará o movimento dançante capturado em instantes de poesia em palavra e fotografia. O livro vem celebrar e instigar o olhar poético do leitor sobre a cidade de Santos, cada canto seu, a sua gente, sua multiplicidade cultural e a sua história que dança no espetáculo homônimo.

Na área musical, ‘Maratona Cultural – Orquestra na Rua’ apresenta um concerto ao ar livre, realizado gratuitamente por uma orquestra de cordas e livre para qualquer músico ou estudante que queira tocar.

No segmento de dança, o livro ‘Capoeira: teoria e prática’ tem como objetivo fornecer aos leigos e iniciantes as informações básicas para a compreensão do universo simbólico da Capoeira e suas nuances. Além de proporcionar aos professores e mestres um material de apoio para introduzir seus alunos na história e cultura da Capoeira e, a partir daí, problematizar e realizar debates reflexivos sobre ela.

Em artes visuais, “Ciatas de Santos - Mulheres que no samba resistem” é um projeto fotográfico (ensaio e exposição fotográfica) que busca homenagear o centenário do samba, comemorado no biênio de 2016/2017, através da reverencia à importantes personalidades femininas do mundo do samba e de histórias contadas (e fotografadas) de mulheres santistas sambistas. O processo de pesquisa parte das letras de sambas compostas ou interpretadas por sambistas como Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara, Elza Soares, Clara Nunes, Beth Carvalho, Leci Brandão, Alcione e Jovelina Perola Negra. Tais artistas, “emprestarão” suas letras e melodias para a construção do ensaio fotográfico desse projeto, que registrará o cotidiano e sua relação com o ­samba de oito mulheres santistas, entre compositoras, ­intérpretes, integrantes da velha guarda, chefes das alas das baianas, porta-bandeiras, cidadãs samba.

Com letras que contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades - com destaque para as populações pobres - samba sempre foi resistência. E as mulheres foram essenciais para a existência do samba. Se não fosse por elas, o samba não existiria hoje, tanto no cenário nacional como em Santos.

Em histórias em quadrinhos, André Bernardino apresenta ‘Uma Estrela na Escuridão’, adaptação do livro homônimo que conta a história do Andor Stern, único brasileiro que sobreviveu ao Holocausto. A história começa alguns anos antes de ele ser preso e vai até sua ­libertação.

Já o gibi “O Menino Bom de Praça” contará a história de um menino e sua relação com os monumentos de Santos. Um trabalho que envolve história, fotografia, desing, incentivando a educação para o cuidado do patrimônio público e cultural. O projeto ainda prevê a distribuição dos gibis em 3 escolas municipais da cidade acompanhadas, respectivamente de uma atividade de contação de história.

‘Se essa rua fosse nossa’ é um projeto de artes integradas (artes visuais, dança, teatro e música) que acontecerá em três praças santistas. Serão três dias de ações em cada espaço público: os dois primeiros dias serão de ocupação, que também é uma pesquisa e coleta de material na praça e na relação das pessoas, buscando colher imagens e narrativas e a ideia é que no terceiro dia a gente faça uma nova intervenção, organizando o material coletado”, destaca a proponente Natalia Brescancini­.

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