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Cotidiano

Encenação: Artistas falam da emoção de atuar ao ar livre para plateia de 5 mil pessoas

Em clima de despedida, 37ª Encenação tem penúltima sessão nesta segunda (21)

Da Reportagem

Publicado em 21/01/2019 às 19:01

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São Vicente comemora 487 anos de sua fundação / Divulgação/PMSV

O sentimento de despedida toma conta dos vicentinos e a 37ª Encenação da Fundação da Vila de São Vicente começa a deixar saudades. Com o tema “A Loucura em Terra de Heróis”, a superprodução dá adeus ao público na terça-feira (22), quando São Vicente comemora 487 anos de sua fundação, fato histórico que é recontado na Arena do Gonzaguinha para uma plateia diária de 5 mil pessoas.

Até mesmo os artistas mais experientes se veem tomados pela comoção de representar este importante fragmento histórico que contribuiu para formar a identidade brasileira.

Momentos antes do terceiro dia de evento, Marcos Frota, caracterizado de Loucura, admitiu ainda ficar ansioso para entrar em cena. “Não estou me aguentando de tanta emoção. Tem sido muito divertido. É ótimo dar vida a esse personagem que ajuda a narrar a trama de forma mais lúdica, mais aberta”.

A grandiosidade surpreendeu Duda Nagle. Para ele, conceber Martim Afonso propicia um mix de sentimentos “O elenco é gigantesco, o espetáculo é grandioso. É uma vivência nova. Nunca estive em algo desta magnitude. Toda essa tradição de manter viva a história do País... Levarei como uma lição de vida. É uma honra participar”.

Carol Nakamura, que vive a Índia Bartira, revelou ser “tocante interpretar uma índia guerreira, que mudou a história do nosso Brasil através do relacionamento com João Ramalho. Envolveu muita responsabilidade, mas depois de vermos a energia do público da Cidade, foi só alegria. Estou muito grata por todos esses dias”.

Para Guilherme Leonel, interpretar João Ramalho é desafiador. “A palavra é essa. Nunca participei de algo tão imenso. É o maior palco no mundo. A ansiedade fica lá em cima. É prazeroso”.

Intérprete de Bartira em outras edições, Marissol Dias agora encanta como Índia Jaci “Estou muito feliz com o papel. Este momento é uma nostalgia de tudo que vivi em 2009, para o concurso da Índia Bartira. Fazer parte da Encenação é representar cada pessoa da comunidade. Eles são um pedacinho de mim”.

Rick Moreno (Cacique Tibiriçá) se sentiu em casa. “Já é o quarto ano que participo, sou praticamente um vicentino”, brincou. “São apenas mais dois dias para prestigiar, e convido a todos conferir a 37ª Encenação da Vila de São Vicente”.

O cantor lírico italiano Ezio Bonini contou que cada dia é mais emocionante pisar na areia para interpretar o Hino Nacional que abre a apresentação teatral. “A energia é muito boa, recarrega as minhas pilhas. Artista que é artista, com ‘A’ maiúsculo, fica com frio na barriga antes da entrada”.

Pela primeira vez dirigindo o espetáculo, as premiadas Geyssa Alencar e Sabrina Olímpio conceberam a coreografia que tem fascinado os espectadores. “Missão cumprida. São dias de muita emoção. Foi sensacional trabalhar com um grupo tão grande, que trouxe uma energia inexplicável”, exprimiu Geyssa.

Sabrina comentou sobre a importância da autonomia dada a elas para criar novas possibilidades “É diferente de tudo o que fizemos até hoje. Até então, montávamos uma coreografia para uma ‘caixa fechada’, e agora ampliamos isso para a Arena. Os artistas da comunidade responderam bem ao nosso trabalho. Sem dúvida, foi um desafio e tanto”, sintetizou Sabrina que, ao lado de Geyssa, comanda o projeto Balé Jovem de São Vicente.

 

O ESPETÁCULO - A Encenação 2019 acontece diariamente a partir das 20h30, na Arena montada na Praça Tom Jobim, no bairro do Gonzaguinha. O ingresso é um quilo de alimento não perecível (exceto sal e açúcar), que pode ser obtido no estande montado no PIT do Gonzaguinha, no Shopping Brisamar (Praça de Alimentação), Paço Municipal e Subprefeitura da Área Continental. O limite é de oito ingressos por pessoa. A arrecadação tem como destino o Fundo Social de Solidariedade de São Vicente (FSS).

Neste ano, o espetáculo de três atos traz os núcleos Séquito da Loucura, Corte Portuguesa, Marinheiros, Tribo Indígena, Os Soldados Guardiões e Portas Estandartes.

A direção é do ator e diretor de Teatro Lucas Magalhães e das coreógrafas Geyssa Alencar e Sabrina Olímpio.

HISTÓRICO - A Encenação da Fundação da Vila de São Vicente acontece desde 1982, quando a Cidade comemorou aniversário de 450 anos. Inicialmente, a peça era realizada por voluntários para uma pequena plateia, separada dos atores por uma corda. Porém, a partir de 1997, ganhou ares de superprodução, quando o então recém-eleito prefeito Márcio França propôs a montagem de uma arquibancada para receber o público e convidou o ator santista Ney Latorraca para participar ao lado de 200 atores da comunidade. No ano seguinte, novos artistas renomados e a presença de 720 vicentinos. Hoje, São mais de mil voluntários envolvidos no evento, sendo 700 em cena e 300 nos bastidores, compondo a equipe técnica, cenografia, maquiagem, figurinos, som e efeitos visuais.

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