24 de Abril de 2024 • 13:40
As ruas da região estão tomadas por cabos eleitorais, enquanto o debate pelas redes sociais se intensifica; mais de um milhão de eleitores da Baixada vão às urnas / Matheus Tagé/DL
Embora os gastos com comunicação, em especial na produção de programas de rádio e TV e de impressos, estejam entre as principais despesas dos candidatos nas eleições deste ano, as redes sociais da internet, onde não é permitido patrocinar postagens, têm sido importantes ferramentas no processo eleitoral. A interação virtual entre pleiteante e eleitor vem chamando a atenção de especialistas da área.
“As postagens com material de propaganda tradicional publicadas via Facebook têm baixo engajamento. Agora quando a postagem é feita de forma pessoal pelo candidato o número de visualizações e a propagação é maior. Isso é bom para quem tem boas ideias e conseguem mostrar de forma diferente”, destacou Christian Godoi, professor e mestre em Comunicação. Ele é autor do livro “O sentido da violência – TV, celular e novas mídias” e leciona aulas de Teoria da Comunicação em uma universidade de Santos.
O professor ressaltou que, neste ano, o engajamento pelas redes sociais está maior. Um dos exemplos é a discussão simultânea travada pelas mídias. Enquanto o eleitor assiste ao debate entre os candidatos na TV, ele também comenta e compartilha suas opiniões na internet. “Um candidato que tem pouca exposição na televisão, por exemplo, aproveita o momento para aparecer, mas é na rede que consegue maior alcance”, disse.
Godoi classifica o momento como uma ‘revolução do audiovisual’. “Existem padrões estabelecidos pelos norte-americanos, e utilizados no Brasil, de como fazer marketing. Mas o conteúdo produzido para TV, por exemplo, já não funciona no Facebook. Tem- se percebido que a criatividade está ganhando no formato da linguagem. É uma revolução que terá de ser estudada e aperfeiçoada”, destacou.
Apesar de as redes serem importantes ferramentas no processo eleitoral, o professor ressaltou que o sucesso das mensagens propagadas só poderá ser constatado – ou não – após a apuração. “Tem que ver o quanto as milhares de visualizações ou compartilhamentos será revertido em votos. Isso a gente só vai saber após a apuração. Mas uma coisa é certa, as redes sociais se tornaram, curiosamente, espaços públicos de debate. As pessoas estão se posicionando, estão comentando e discutindo política. E isso é bom”, afirmou.
Dica
A campanha via redes sociais ainda é permitida. Para os indecisos, que ainda não escolheram seus candidatos, o professor dá uma dica. “Procurar os perfis oficiais dos candidatos, confrontar as informações com o site deles e verificar no site TSE (Tribunal Superior Eleitoral) as propostas do Plano de Governo. Essa verificação é importante, pois existem muitos ‘fakes’ (perfis falsos) que propagam informações mentirosas”, destacou Godoi.
Cubatão
Evento faz parte do processo de regularização fundiária que vem sendo implementado no município desde 2017
Santos
Ao chegar na policlínica, o munícipe será cadastrado na unidade para o acompanhamento da saúde