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Cotidiano

'Economizamos mais de R$ 7 milhões em aluguel por ano na cidade'

Na metade do mandato à frente da Prefeitura, Pedro Gouvêa afirma que essas e outras melhorias deverão sair do papel nos próximos meses

Rafaella Martinez

Publicado em 22/01/2019 às 11:00

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Na metade do mandato à frente da Prefeitura, Pedro Gouvêa afirma que essas e outras melhorias deverão sair do papel nos próximos meses / Paolo Perillo/DL


São Vicente comemora 487 anos com perspectivas de crescimento em todas as áreas. Na Saúde, um novo modelo deverá agilizar os atendimentos médicos, culminando com mais qualidade nos serviços, além de ampliação no Hospital Municipal e na Maternidade. Já na mobilidade urbana, um novo modelo de transporte estará em vigor nos próximos seis meses, ampliando a oferta nos bairros e promovendo a plena integração com o VLT. 

Na metade do mandato à frente da Prefeitura, Pedro Gouvêa afirma que essas e outras melhorias deverão sair do papel nos próximos meses. Confira a entrevista.

Diário do Litoral – Na metade do mandato, como o senhor enxerga o caminho até aqui e quais as perspectivas para a cidade nos próximos dois anos?

Pedro Gouvêa –
Faço uma análise muito positiva, pois conseguimos trazer a recuperação da credibilidade da cidade. Assumimos o governo com a cidade vivendo um verdadeiro caos: sem coleta de lixo e a saúde não estava funcionando. São Vicente tinha sérios problemas de entulho espalhado pelas ruas e tivemos a preocupação de assumir nos primeiros minutos de 2017 com um mutirão para resolver essa situação. Isso já é uma página virada, um problema sanado e a cidade hoje tem uma rotina de limpeza urbana e de manutenção. Recuperamos também a credibilidade junto ao funcionalismo e os fornecedores, pois existiam vários débitos. Fizemos isso e ao longo desses dois anos tivemos um processo de investimento da cidade com recursos principalmente do Estado que permitiu com que a gente tivesse pavimentando mais de 100 ruas na cidade, tanto na área continental como na área insular. A retomada dessas obras é fruto da adimplência da cidade, pois negociamos todos os débitos junto do Governo do Estado e com o Governo Federal e temos cumprido no dia a dia cada um desses acordos.

Diário do Litoral – E o que está sendo feito com esses recursos hoje?

Pedro Gouvêa –
Muitas obras, principalmente as de pavimentação. Convênios que estamos trazendo importantes para a pasta da Saúde dentre tantos outros que por conta dessa credibilidade que foi resgatada estamos alcançando. E principalmente na questão de respeito que temos pelo funcionalismo. Na pontualidade no salário e todas as obrigações que temos.

Diário do Litoral – E para os próximos dois anos, qual a perspectiva?
Pedro Gouvêa –
Vamos avançar ainda mais. Queremos entregar muitas outras obras importantes, a exemplo do que faremos na saúde. Vamos descentralizar o atendimento do hospital e do pronto-socorro. O hospital passará por uma grande reforma e o CREI será um hospital de portas fechadas até 2020. O atendimento de pronto-socorro irá até o final do ano para o prédio onde hoje funciona o centro de especialidades. Isso vai garantir um atendimento com mais qualidade e dará mais conforto para a municipalidade. O centro de especialidade mudará de prédio nos próximos 60 ou 90 dias. Estamos em uma grande obra, que é uma reformulação do atendimento de especialidade, em um sistema que segue os moldes do AME Mais que trouxemos no ano passado para São Vicente. Isso faz com que a gente consiga dar mais qualidade para saúde. Já começamos uma reforma na entrada da maternidade e faremos outra nos leitos, ampliando o número de atendimentos.

Diário do Litoral – Há outras metas para a saúde?

Pedro Gouvêa -
Vamos poder incrementar a saúde básica do município. Queremos implantar gradativamente na área insular e na área continental o atendimento estendido, que é fazer com que as unidades básicas funcionem até às 19h, além de implantar um projeto piloto que é a jornada de 30 horas para os enfermeiros. 

Diário do Litoral – E na pasta da educação?

Pedro Gouvêa -
Na educação temos 120 unidades: 60 creches e 60 escolas. Faremos a entrega de um berçário na área insular e duas creches na área continental, uma no Samaritá e outra no Parque Continental, atendendo essa demanda grande da região. Nas escolas, das 60 estamos reformando ou ampliando 28 unidades e queremos ter essas escolas prontas no começo do próximo ano letivo. Em 2020 queremos fazer as reformas nas outras 32. Assim, encerraremos um ciclo de investimento na educação.

Diário do Litoral – A ideia da Administração é levar algumas secretarias municipais para o antigo prédio do Centro de Convenções.  Como ficará essa questão?

Pedro Gouvêa –
Estamos levando para dentro desse Centro Administrativo oito secretarias, além de uma Diretoria de Trânsito e a Polícia Militar. Com isso alcançaremos uma economia muito grande. Meu objetivo é entregar esse prédio da José Bonifácio onde hoje funcionam as secretarias e que custa ao mês R$30 mil. Levando essas oito secretarias fica mais fácil remanejar as que faltam para outros locais da prefeitura. Até o final do mandato queremos fazer isso. De 2017 até hoje já fizemos uma economia de R$600 mil ao mês com alugueis. Isso significa uma economia de R$7 milhões ao ano. São Investimentos que poderemos usar na saúde, educação e outras pastas essenciais.

Diário – Em relação aos recentes cortes de verba por parte do Governo do Estado, qual a sua perspectiva de interlocução?

Pedro Gouvêa –
Obviamente que quem assume um governo precisa observar os contratos assinados e a execução deles. Mas não há qualquer ilegalidade nos contratos assinados pelo Governo do Estado com São Vicente. Todos já estão em execução, a exemplo desses de pavimentação, no valor de quase R$50 milhões Estamos falando de obras já executadas em quase 50%. São três empresas trabalhando e já tem 25% pago e outros 20% de autorização de pagamento aguardando o Estado pagar. Já existia uma prestação de contas feitas até essa fase quando o atual governador anunciou, no começo de janeiro, uma revisão desses convênios. Olho com preocupação, mas ao mesmo tempo tenho a tranquilidade de que tudo foi feito dentro da legalidade e com todos os procedimentos jurídicos necessários para garantir a continuidade. Não são obras que atendem interesses A ou B e sim os interesses da sociedade e isso deve estar em primeiro lugar.

Diário – Em relação ao novo modelo de transporte de São Vicente, quando ele será implantado?

Pedro Gouvêa –
Fizemos recentemente a contratação de uma empresa que apresentou um estudo que dará o embasamento para publicação do edital de licitação do novo transporte público. Hoje temos um transporte que foi implantado há muitos anos como pioneiro no transporte alternativo, mas que precisa passar por essa transição. Temos que buscar a melhoria e trazer um novo padrão. A licitação será feita nos próximos meses e a empresa ganhadora será anunciado nos próximos seis meses. 

Diário – E o transporte metropolitano. O senhor acredita que o VLT irá para  a Área Continental?

Pedro Gouvêa –
Acredito muito no VLT. Primeiro é preciso fazer a obra urgente na fase São Vicente e Área Continental, ligando a ponte dos Barreiros até o Samaritá. Isso é essencial, pois a maior massa de pessoas transportadas vem da Área Continental. Além disso, ele precisa integrar plenamente com os transportes municipais de Santos e São Vicente. Temos que ter agilidade para integrar com os bairros. Junto com esse processo de licitação do novo modelo de transporte queremos fazer a integração plena com o VLT. 

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