25 de Abril de 2024 • 17:20
Em relação à Reforma da Previdência, Ciro acredita que o modelo está errado, já que a demografia mudou, mas a reforma desconsidera o fato / Rodrigo Montaldi/DL
O pré-candidato à Presidência do Brasil pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), Ciro Gomes, afirmou que, caso eleito em 2018, fará um plebiscito para debater em seis meses uma grande reforma fiscal envolvendo a Previdência, o sistema tributário e a reforma política. A proposta foi citada ontem durante o primeiro ciclo de palestras realizado pela Associação Cultural José Martí, na Universidadae Santa Cecília, com cerca de 600 pessoas.
“A primeira grande tarefa é mobilizar a população para, de forma organizada - consultando as experiências internacionais e a legislação comparada - debatermos durante seis meses o conjunto de reformas que eu vou propor ainda na campanha. Uma grande reforma fiscal que envolve Previdência e sistema tributário e uma reforma política. Depois de diversos debates nós vamos marcar a data para votar. Votou, ótimo, país avança. Não votou, vamos mobilizar a sociedade para votar diretamente através de plebiscitos e referendos”, declarou.
Questionado sobre a administração dos portos do país, em especial o Porto de Santos, Ciro foi categórico: “Entre desastrosa e criminosa. A chegada (dos navios) em Santos, por exemplo, é um desafio que não se consegue resolver. Há um eterno problema de dragagem e uma administração pouco profissional”. A solução, segundo o pré-candidato, seria que a gestão do complexo ficasse reservada aos profissionais da área.
Em relação à Reforma da Previdência, Ciro acredita que o modelo está errado, já que a demografia mudou, mas a reforma desconsidera o fato.
“Hoje nós temos 1,6 brasileiros ocupados para financiar uma aposentadoria com expectativa de 73 anos, essa conta não fecha. Também não alcançamos o grande problema da previdência que são os privilégios.
Hoje 2% dos brasileiros levam ¼ de todo o benefício da Previdência e eles não tocaram nisso. São os juízes, os procuradores, os políticos. Michel Temer se aposentou com 55 anos”, aponta.
Debate
O presidente da Associação Cultural José Martí da Baixada Santista, Anibal Ortega, explicou que o debate faz parte de um projeto da instituição chamado “José Martí Discute o Brasil”. A ideia nasceu, de acordo com ele, pela gravidade da situação política atual do país.
“Eu tenho quase 80 anos e vivi muitas coisas no Brasil, mas hoje nós perdemos o sentido de brasilidade, de pátria. O Brasil não tem pátria, o pobre foi deseducado e a pátria do rico é onde tem dinheiro, em Miami. A preocupação nossa é tentar criar uma pátria nos país”, esclarece.
Além de Ciro, a associação quer trazer uma série de convidados até as eleições do ano que vem, entre eles, outros pré-candidatos como Guilherme Boulos, Nildo Euriques, Manuela D’Ávila e Lula.
Um dos temas propostos pelo encontro foi o nacionalismo e a privatização. Questionado sobre a questão do extremismo que envolve o nacionalismo, Ciro disse que é preciso ter um projeto nacional econômico, sem excluir o país da comunidade internacional.
“A questão nacional está mais viva do que nunca, mas nós precisamos que essa questão não tenha uma atitude xenófoba que exclua o país de uma comunidade internacional de nações. A ideia econômica é um projeto nacional porque as condições de produzir, de pagar salário, de gerar emprego, etc, não são globais”, acredita.
Praia Grande
Candidato deve possuir cadastro no PAT de Praia Grande
Itanhaém
Competição contará com a participação de atletas de 15 a 70 anos,