Cidades estão em alerta contra o Aedes Aegypti

Cinco cidades da Baixada Santista estão em alerta para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A informação é do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) divulgado na última terça-feira (24) pelo Ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Guarujá é uma das 199 cidades brasileiras com risco de surto das doenças. De acordo com o levantamento, o município registrou larvas do mosquito em 4% dos imóveis vistoriados. 

Outras cinco cidades da Baixada Santista estão em estado de alerta, com 1% a 3,9% dos imóveis com focos do mosquito. São elas: São Vicente (3,8%); Praia Grande (2,2%); Mongaguá (1,7%); Santos (1,4%) e Itanhaém (1,2%). Cubatão e Bertioga registraram índices satisfatórios, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada. Os dados de Peruíbe ainda não foram registrados.

No Brasil, até o último dia 14 de novembro foram diagnosticados 1,5 milhão de casos prováveis de dengue. O aumento é de 176%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 555,4 mil casos. 

Já em relação à chikungunya, foram 17.146 casos suspeitos, sendo 6.726 confirmados e outros 8.929 em investigação. Em 2014, foram notificados 3.657 casos suspeitos da doença. 

No que se refere ao zika vírus, até o momento 18 estados tiveram confirmação laboratorial do vírus: RR, PA, AM, RO, TO, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, BA, RJ, SP, ES, MT e PR.

O levantamento do LIRAa leva em consideração a descoberta de larvas do mosquito nos imóveis vistoriados. No que diz respeito ao registro de casos de doença há variações entre os dados do Ministério da Saúde e os números informados pelos municípios.

De janeiro até agora já foram registrados ao menos 12.528 casos de dengue na Baixada Santista. Desse total, 4 mortes foram confirmadas.

Itanhaém é a cidade com o maior número de casos de dengue na região, com 4.658 registros, seguido por Santos, com 3.665 ocorrências. Na sequência estão Guarujá (1.208); São Vicente (980); Mongaguá (816); Praia Grande (574) e Bertioga (433). Cubatão foi a que apresentou o menor número, com 194 casos confirmados até o momento. Peruíbe não divulgou a quantidade de casos da doença.

Quanto às demais moléstias transmitidas pelo Aedes aegypti, um caso suspeito de chikungunya é investigado em Mongaguá e uma suspeita de zika vírus foi descartada recentemente no Guarujá.

Ministério da Saúde investiga caso de microcefalia em SV

A cidade de São Vicente registrou um caso de microcefalia na semana passada. Trata-se de uma criança do sexo feminino nascida na última sexta-feira no Hospital São José. 

Um estudo realizado no Laboratório de Flavivírus, do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou a presença do genoma do vírus zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia por meio de exames de ultrassonografia. O Brasil registrou 739 casos de recém-nascidos com microcefalia (má-formação do cérebro que pode levar a problemas graves no desenvolvimento da criança) em nove estados do Brasil em 2015. 

O caso de São Vicente foi notificado ao Ministério da Saúde. A Secretaria de Saúde do Município informou, por meio de nota, que em 2015 foram registrados 4 casos de recém-nascidos com microcefalia: dois no primeiro semestre e dois no segundo semestre de 2015. 

A Secretaria ressaltou que até o momento ainda não há relação comprovada que a doença seja decorrente de infecção causada pelo zika vírus e que os casos notificados ao Ministério da Saúde estão na fase de investigação epidemiológica.