Cotidiano

Ação de imunização contra HPV termina hoje em Santos

Medida inclui também vacinas para Hepatite B e doença meningocócica C e é aplicada gratuitamente

Vanessa Pimentel

Publicado em 04/08/2017 às 11:30

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A vacina contra HPV está disponível para meninas de 9 e 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e pessoas com HIV/AIDS / Divulgação/Ministério da Saúde

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A ação de imunização contra o HPV (papilomavírus humano), Hepatite B e doença meningocócica C nos postos de saúde de Santos se encerra hoje. A medida teve início em 24 de julho, após recomendação da Secretaria de Estado da Saúde. A vacinação contra o HPV está disponível para meninas entre 9 e 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos e todas as pessoas que vivem com HIV/AIDS. A definição da faixa etária da vacina HPV tem como objetivo proteger as crianças antes do contato com o ­vírus.

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O esquema vacinal compreende duas doses, com intervalo de seis meses para a segunda, e auxilia na prevenção contra os cânceres de colo de útero, vulva, pênis, ânus, boca e orofaringe e de verrugas ­genitais.

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Neste ano, a vacina contra a doença meningocócica C também foi incluída no calendário de vacinação pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), que definiu como público-alvo meninos e meninas de 12 e 13 anos, com dose única. Já a vacina contra a Hepatite B contempla não somente adolescentes, mas todas as faixas etárias – desde menores de um ano até adultos acima dos 50 anos. 

O esquema vacinal é de três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda; a terceira deve ser aplicada após seis meses em relação à dose inicial. Para todas as imunizações (HPV, Meningite C e Hepatite B), é preciso procurar a policlínica de referência do bairro onde mora portando carteira de vacinação e documento de identidade. No caso de menores de idade, devem estar acompanhados de pais ou responsáveis.

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De acordo com a prefeitura de Santos, na primeira semana da intensificação, de 24 a 28 de julho, foram aplicadas 742 doses das três vacinas, sendo 298 de HPV, 127 de meningocócica e 317 de hepatite B. 

Diferentemente das campanhas de vacinação, a ação não tem meta e o objetivo é estimular a adesão do público-alvo, no caso da HPV, os mais jovens. Por isso, a chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras acredita que 298 pessoas imunizadas é um número satisfatório. 

“Como a vacina previne contra doenças sexualmente transmissíveis, ainda enfrenta tabus, mas fazemos campanhas em escolas com os responsáveis e os alunos para explicar a importância da vacina e os riscos que o HPV oferece”, explica Ana Paula. 

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Outra ação realizada pela Secretaria de Saúde anualmente é a verificação da caderneta de vacinação dos estudantes da rede municipal através do programa Saúde na Escola. Quando falta tomar alguma vacina, o aluno é encaminhado à policlínica do seu bairro para aplicação da dose. 

Baixa adesão

Para o infectologista do Hospital das Clínicas, Evaldo Stanislau, mesmo que tenha sido somente uma ação e não uma campanha, 298 imunizações na cidade ainda é um número baixo. 

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Contudo, ele considera importante a ação e o estímulo aos jovens. “Todas as pessoas podem tomar a vacina que protege do HPV, mas o ideal é ser imunizado antes do início da atividade sexual”, explica Evaldo.

Ele também cita a importância dos meninos se vacinarem. “As meninas são o público-alvo por causa da incidência do câncer de útero devido à HPV. No homem é mais fácil verificar qualquer disfunção, mas mesmo assim é importante fazer a prevenção”, afirma.

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