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São Paulo terá pontos de coleta para dar destinação correta a eletroeletrônicos

O compromisso tem validade de quatro anos e permitirá que as empresas e lojas recebam equipamentos eletrônicos

Agência Brasil

Publicado em 16/10/2017 às 19:30

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A cidade de São Paulo terá 16 urnas para recolhimento de resíduos eletroeletrônicos / Agência Brasil

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, por meio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), assinaram hoje (16), um termo de compromisso para logística reversa de produtos eletroeletrônicos de uso doméstico.

O compromisso tem validade de quatro anos e permitirá que as empresas e lojas recebam equipamentos eletrônicos (aparelhos de telefone, celulares, videogames, acessórios eletrônicos, câmeras de foto e vídeo, impressoras, desktops, laptops, tablets, notepads e similares) dos consumidores para dar destinação correta a esses objetos. Serão instaladas na cidade de São Paulo 16 urnas para recolhimento dos resíduos. Uma delas ficará disponível na sede da Cetesb.

Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, a iniciativa privada teve que se organizar bastante para poder chegar até a assinatura. Uma das iniciativas da Abinee foi a criação da Green-eletron, entidade para cuidar da operação da indústria do setor eletroeletrônico.

"Essa iniciativa reforça o compromisso do setor industrial nesse tema. O termo prevê a instalação de pontos de recebimento em locais de fácil acesso e visualização. Esse é um dos primeiros passos que estamos dando em direção a um ambiente mais sustentável que é o que todos esperamos", disse Barbato.

O diretor de Sustentabilidade da Abinee, João Carlos Redondo, explicou que o estado de São Paulo é o primeiro onde existe um convênio firmado entre uma entidade pública e o setor privado: "esperamos que essa ação sirva de modelo para outros estados. A Política Nacional de Resíduos Sólidos gerou um marco legal para o setor, mas os estados têm regulamentado a política de forma muito diferente, o que dificulta a ação do setor privado. São Paulo deu um passo na direção de simplificar".

João Carlos Redondo lembra que muitas pessoas ainda não se conscientizaram de que há maneiras corretas para o descarte desse material e que, para chamar a atenção para isso, será feita um ação coletiva de comunicação por meio da imprensa e mídias sociais. "A parceria com a Fecomercio vai nos dar capacidade de chegar ao consumidor, no ato da compra, sobre como descartar o produto velho. É uma forma de educar o consumidor porque se ele não se engajar nesse sistema, dificilmente vai dar certo".

Segundo a Abinee, atualmente se recolhe menos de 2% do material usado. Com o descarte adequado é possível gerar um economia de 70% de energia e de mais de 65% de emissão de carbono. "Há um redução de impacto ambiental significativo nesse processo", disse.

O presidente da Cetesb, Carlos Roberto Santos, ressaltou que a assinatura do termo mostra relação de confiança entre o órgão publico e o setor privado. "Vejo com clareza hoje que não existe mais um muro entre as duas entidades. A conversa entre as duas partes está sendo amigável e responsável. Também vejo aqui a aplicação dos conceitos das normas ambientais especialmente da ISO 14.031 que versa sobre o ciclo de vida do produto, que se encaixa na logística reversa e sua aplicação".

O presidente de Sustentabilidade da FecomercioSP, José Goldenberg, observou que com a lei de logística reversa o setor de comércio ficou diante de uma encruzilhada porque todos os produtos passam pelos estabelecimentos comerciais e pela lei vão acabar passando novamente quando são descartados. "Acho perfeitamente normal que se aproveite os materiais e a extensão disso para outras áreas e os eletroeletrônicos que envolvem equipamentos mais volumosos. É uma grande satisfação assinar esse convênio".

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