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Preço do diesel não sofreu queda prometida por governo em nenhum estado

Em 22 estados e no Distrito Federal, a queda no preço do combustível não chegou à metade dos R$ 0,46 por litro prometidos pelo governo

Folhapress

Publicado em 18/06/2018 às 17:01

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Ainda não houve repasse integral ao consumidor em nenhum estado brasileiro / Agência Brasil

Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) mostram que, duas semanas após o início das subvenções ao preço do diesel no país, ainda não houve repasse integral ao consumidor em nenhum estado brasileiro.

Em 22 estados e no Distrito Federal, a queda no preço do combustível não chegou à metade dos R$ 0,46 por litro prometidos pelo governo. No Acre, o preço médio ainda é maior do que o praticado na semana antes da greve dos caminhoneiros.

Na média nacional, o diesel foi vendido a R$ 3,434 por litro na semana passada. O valor é apenas R$ 0,151 inferior ao praticado na semana encerrada no dia 19, anterior à paralisação. Durante a greve, os preços dispararam diante da crise de abastecimento no país.   

O governo definiu a data de 21 de maio, quando a greve dos caminhoneiros foi iniciada como referência para fiscalizar se a subvenção será totalmente repassada aos postos. Com subsídio no preço e cortes nos impostos, o governo repassará R$ 13,6 bilhões dos contribuintes ao consumidor de óleo diesel.  

Segundo a pesquisa da ANP, o maior repasse foi verificado em Roraima: R$ 0,39 por litro. Em outros três estados -Amazonas (R$ 0,298), Rondônia (R$ 0,266) e Sergipe (R$ 0,26), a queda é maior do que a metade do valor prometido pelo governo.  

Em São Paulo, a queda em relação à semana anterior à greve é de apenas R$ 0,194 por litro. Na semana passada, o litro do óleo diesel era vendido, em média, a R$ 3,322 no estado, segundo a ANP.   A redução de R$ 0,46 no preço de refinaria do diesel foi obtido com uma subvenção de R$ 0,30 por meio da transferência de recursos do Tesouro à Petrobras e importadoras e por corte de R$ 0,16 por litro na carga tributária.  

Em entrevista à Folha de S.Paulo na semana passada, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disse que complexidades do mercado brasileiro, como a logística de abastecimento, carga tributária e estoques de postos e distribuidoras fazem com que o repasse integral leve mais tempo.

"Vai levar cerca de 15 dias para que esse desconto chegue à ponta", disse ele.

A ANP está desenvolvendo um sistema para monitorar os preços, com atualização sempre que os postos mudarem os valores de bomba, que deve entrar em operação no dia 20.

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