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Doria pede autorização da Justiça para internar à força dependentes de drogas

Segundo o secretário de Negócios Jurídico, Anderson Pomini, essa seria uma "última alternativa" para casos graves de dependência

Folhapress

Publicado em 24/05/2017 às 16:30

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A gestão João Doria (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (24) que já solicitou à Justiça autorização para internar usuários de drogas à força / Agência Brasil

A gestão João Doria (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (24) que já solicitou à Justiça autorização para internar usuários de drogas à força.

Segundo o secretário de Negócios Jurídico, Anderson Pomini, a autorização daria poder à prefeitura de internar o dependente contra sua vontade, desde que ele passe por uma equipe de médicos e psicólogos.
Até agora, cada caso é analisado individualmente, ou seja, é a Justiça quem decide se um dependente deve ser internado à força.

Segundo Pomini, a prefeitura também pediu o poder para retirar usuários da cracolândia, centro de São Paulo, e mandá-los para avaliação médica contra sua vontade. Essa retirada pode ser auxiliada pela polícia.
De acordo com o secretário, essa seria uma "última alternativa" para casos graves de dependência.

OPERAÇÃO

As internações seriam mais uma etapa das ações que a prefeitura tem promovido na região da cracolândia desde o início da semana, após a operação policial do último domingo (21), que terminou com 50 pessoas foram presas e três adolescentes, apreendidos.

Dependentes químicos que costumavam se concentrar na alameda Dino Bueno foram dispersados, comércios foram emparedados e imóveis deverão ser demolidos. Na tarde desta terça (23), a parede de uma pensão chegou a ser derrubada no início da ação da prefeitura, mas pessoas ainda estavam no local. Três delas ficaram feridas.

Nesta quarta, Doria e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciariam a construção de novos empreendimentos imobiliários para revitalizar a região da Luz, ao lado da cracolândia, mas um protesto de ativistas contrários às operações policiais na região interrompeu o anúncio.

O prefeito e o governador foram chamados de "fascistas" pelos manifestantes, e os gritos de protesto interromperam a fala dos políticos. O clima ficou tenso e guardas-civis empurraram os manifestantes e agrediram um deles. Doria e Alckmin foram retirados do local às pressas.

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