07 de Maio de 2024 • 23:41
As emissões nacionais de gases do efeito estufa aumentaram 3,5% em 2015 / Divulgação/WWF Brasil
As emissões nacionais de gases do efeito estufa aumentaram 3,5% em 2015, em comparação com o ano anterior, na contramão da evolução do PIB, que encolheu 3,8%. O desmatamento foi o maior responsável pelo retrocesso, que afasta o Brasil da rota prevista no Acordo de Paris.
Os dados foram divulgados nesta quarta (26) pelo Sistema de Estimativa de Emissão de Gases do Efeito Estufa, da rede de ONGs Observatório do Clima.
A perda de floresta amazônica no ano passado subiu 25%, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Incluindo na conta os outros biomas brasileiros (caatinga, pampas, cerrado, mata atlântica e Pantanal), o crescimento de emissões por desmatamento foi de 12%.
A chamada mudança do uso da terra, no jargão da mudança climática, é a principal fonte de gases do efeito estufa, como o CO2 (dióxido de carbono), que aprisionam radiação solar na atmosfera e com isso a aquecem.
"O acordo do clima entra em vigor daqui a 11 dias. Tirá-lo do papel exige mudar drasticamente o rumo do nosso desenvolvimento, mas não é o que estamos vendo acontecer", afirma Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima.
A poluição gerada pelo segundo maior setor gerador de emissões, energia, por outro lado, decresceu 5,3%, mais portanto que o encolhimento do PIB. Foi a primeira vez desde 2009 que as emissões de energia caíram.
Isso ocorreu porque a demanda por eletricidade e combustíveis se desacelerou com a crise econômica, em especial na indústria, e também porque aumentou a participação de fontes renováveis na matriz energética.
Na moldura do Acordo de Paris, o governo se comprometeu a reduzir as emissões em 37% até 2025 (tomando os níveis de 2005 como referência) e em 43% até 2030. O resultado de 2015, no entanto, mantém o país numa trajetória de aumento.
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